O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou nesta quinta-feira (12) que o governo não descarta a possibilidade de editar uma medida provisória para mudar as regras de correção do salário mínimo em 2025. A alteração no cálculo é um dos principais pontos do pacote de corte de gastos em tramitação no Congresso.
"A gente não descarta isso [baixar uma Medida Provisória], mas o trabalho todo, os nossos planos A e B são focar agora [na aprovação do projeto de lei no Congresso Nacional]. Está indo tudo bem. Estamos indo bem, avançando. E espero que a gente conclua esse processo o mais rapidamente possível", disse Durigan a jornalistas.
A regra em vigor prevê a valorização do mínimo considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais a variação do PIB de dois anos antes. Neste caso, o PIB de 2023 deveria ser considerado para o ajuste do salário mínimo do ano que vem, aumentando os gastos do governo.
O pacote fiscal mantém o ganho acima da inflação, mas limitado a um intervalo entre 0,6% e 2,5% ao ano até 2030, mesmos porcentuais aplicados ao total de gastos regidos pelo arcabouço fiscal.
Em agosto, o governo apresentou o Projeto de Lei Orçamentária Anual de (PLOA) com aumento de 6,87% no salário mínimo, que passará de R$ 1.412 para R$ 1.509. No entanto, o novo piso precisa ser aprovado pelo Congresso e sancionado até o final deste ano para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2025.
Considerando a regra em vigor, o mínimo passaria de R$ 1.412 para R$ 1.528 no ano que vem. Já com a alteração estipulada pelo pacote fiscal, o valor subiria de R$ 1.412 para R$ 1.517.
O governo estima economizar R$ 15 bilhões com limitação do salário mínimo em 2025 e 2026. Inicialmente, a projeção era de R$ 11,9 bilhões para o período, mas o valor foi majorado após o IBGE revisar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 de 2,9% para 3,2%.
Sem a mudança prevista no pacote fiscal, o Executivo precisaria gastar mais para pagar as despesas vinculadas ao salário mínimo como benefícios previdenciários, seguro-desemprego e abono salarial.
Caiado e Marçal cobiçam apoio de Gusttavo Lima para eleições em 2026
Moraes pede manifestação da PGR sobre passaporte de Bolsonaro; assista ao Sem Rodeios
Troca de comando na Câmara arrisca travar propostas que limitam poder do STF
Governo do Tocantins vive crise política deflagrada após investigações da Polícia Civil
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast