O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou nesta sexta-feira (12) que por enquanto não vê necessidade de um reajuste extraordinário nas tarifas de energia por conta da exposição de distribuidoras ao mercado de curto prazo.
O governo federal intermediou dois empréstimos, de um total de 17,8 bilhões de reais, junto aos bancos neste ano para ajudar as distribuidoras a pagar essas dívidas, mas os recursos acabaram nesta semana.
Algumas distribuidoras alegam dificuldade para fechar as contas de 2014 e estariam demando um reajuste extraordinário para cobrar os gastos. Como o repasse desses custos ao consumidor acontece nos reajustes tarifários regulares, parte das distribuidoras terá que administrar o déficit durante boa parte de 2015.
Zimmermann minimizou o problema das distribuidoras e argumenta que em 2015 haverá uma série de fatores que podem aliviar as contas das empresas.
"Esse é um pleito feito à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A fase pior já passou", disse o secretário a jornalistas.
"Se você gastou x de térmica esse ano, no ano que vem esse vai ser o limite que se gera; além disso você tem o vencimento das concessões e a Aneel fixou um PLD (preço do mercado de curto prazo). Acho que as coisas caminham para a normalidade", adicionou ele.