O governo negou que esteja exigindo a troca dos operadores de aeroportos nos consórcios que venceram os leilões por terminais leiloados este ano, mas disse que a busca de novas parcerias pelas empresas dos consórcios vencedores poderia se reverter em melhoria da qualidade dos serviços prestados.
Reportagem do jornal Valor Econômico desta segunda-feira (30) afirma que o governo exigirá a troca dos operadores que integram os consórcios que venceram a licitação para administrar os aeroportos de Guarulhos, Brasília e Viracopos, já que os vitoriosos não teriam experiência de gestão de aeroportos de grande porte.
"É improcedente a informação de que o governo exigirá a troca dos operadores aeroportuários que compõem os consórcios vencedores do leilão de licitação", informou a Secretaria de Aviação Civil (SAC), em nota.
A SAC lembra, porém, que "as regras do processo de concessão permitem que os consórcios vencedores busquem novas parcerias com o objetivo de fortalecer ou modernizar os projetos de infraestrutura e gestão desses aeroportos."
"O governo avalia que as possíveis iniciativas dessas empresas nesse sentido vão se reverter na melhoria da qualidade dos serviços prestados aos usuários do transporte aéreo no Brasil", acrescentou a SAC.
O texto reafirma a posição do governo de ser rigoroso ao cobrar qualidade e eficiência das empresas que serão responsáveis pela modernização e expansão dos terminais.
"Os contratos a serem assinados com os concessionários desses aeroportos contemplam metas de qualidade e de eficiência na prestação dos serviços ao público que serão rigorosamente acompanhadas e fiscalizadas pelo Estado."
A celebração dos contratos de concessão está prevista para o dia 25 de maio, depois que o resultado do leilão foi homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em 5 de abril.
No leilão, ocorrido em fevereiro, a Invepar, a sul-africana ACSA e a UTC Participações ficaram com o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. O consórcio Aeroportos do Brasil, composto por Triunfo Participações e a francesa Egis Airport, venceu a disputa pelo aeroporto de Viracopos, em Campinas.
O de Brasília ficou com o consórcio Inframérica, formado pela Engevix e pela argentina Corporación América.