O governo já avalia uma eventual mudança no percentual de álcool anidro que é misturado à gasolina, ante a possibilidade de que os preços do combustível continuem subindo no mercado como resultado da aproximação da entressafra.
O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, abordou a questão durante evento em Brasília na quarta-feira, e o diretor da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Haroldo Lima, também falou sobre o tema nesta quinta.
Atualmente, a adição de álcool na gasolina está no patamar máximo permitido, de 25 por cento.
Na avaliação de Lima, o aumento do álcool nos postos de abastecimento é sazonal e ele espera que em breve a situação possa se normalizar.
Mas se a pressão sobre o preço persistir, ele afirmou que o governo vai avaliar a mudança no mix, apesar de descartar uma redução no curto prazo.
"Achamos que isso é uma coisa sazonal...no atual momento, em nossa avaliação sobre abastecimento, que é feita permanentemente, não estamos com dúvida sobre ameaça de desabastecimento", informou à Reuters por telefone.
Segundo ele, se até o final de outubro os preços não cederem, o governo vai avaliar a redução.
"Em pouco tempo teremos a indicação... Se por acaso isso não acontecer (a acomodação dos preços) vamos tomar alguma iniciativa", acrescentou.
"Se nós interfirirmos na mistura, que é de 25 por cento, pode pular para 21, 20 (por cento)", avaliou.