Entidades do comércio e da indústria elogiaram a decisão do Banco Central de reduzir em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros, a Selic, anunciada na noite desta quarta-feira (30). A decisão de hoje baixou a taxa de 9% para 8,5% ao ano.
Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) a queda nos juros é positiva, mas não pode ser a única iniciativa, junto com a busca do equilíbrio cambial em prol da competitividade brasileira.
"Produzir no Brasil é mais caro do que nos EUA, em muitos países da Europa e nos nossos vizinhos da América do Sul. Para corrigir essa distorção, são necessárias ações efetivas que reduzam a carga tributária, diminuam o custo da energia elétrica e do gás, melhorem a infraestrutura e a logística e eliminem o excesso de burocracia", declarou Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a redução nos juros barateia o crédito e, em consequência, contribui para a retomada dos investimentos e o reaquecimento da demanda interna. É importante que a essa redução se some maior austeridade nos gastos públicos, de forma a não prejudicar o atual cenário inflacionário benéfico, conclui a entidade.
Já a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), acredita que as quedas recentes são um movimento acertado diante de um cenário de elevado risco externo, que pode levar o mundo a uma nova rodada de desconfiança nos mercados e baixo crescimento global.
"Esse novo corte da Selic é um estímulo ao mercado doméstico, o que é boa notícia não só para o governo como para nós, lojistas, porque com juros menores efetivamente sobra mais dinheiro no bolso das pessoas para gastarem no consumo", diz o presidente da entidade, Roque Pellizzaro Júnior.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast