Durante a Assembleia Ordinária desta quinta-feira (25), a Petrobras aprovou a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários, o que corresponde a cerca de R$ 22 bilhões.
A proposta foi apresentada aos acionistas da estatal pelo governo federal depois de o próprio governo ter rejeitado, em março, a mesma proposição feita pelo Conselho de Administração da Petrobras, o que deu início a uma crise de confiança.
A proposta aprovada hoje contempla a distribuição de 50% do lucro excedente de 2023, que foi de R$ 43,9 bilhões. A apresentação da proposta ficou a cargo do procurador da Fazenda Nacional, Ivo Timbó.
"A União vota pela alteração da proposta original da administração da Petrobras quanto à destinação do resultado de 2023, ajustando-a para a distribuição de 50% do lucro líquido remanescente", afirmou Timbó.
O governo, que tem a maior parte das ações, será o maior beneficiário da medida e receberá cerca de R$ 6 bilhões.
De acordo com Timbó, a proposta do governo é distribuir o valor em duas parcelas: 20 de maio e 20 de junho. A distribuição da outra metade dos dividendos será feita até o fim do ano.
A discussão sobre a distribuição de dividendos extras gerou uma grave crise entre o presidente da estatal, Jean Paul Prates, e o Ministério de Minas e Energia (MME).
A diretoria da estatal havia sugerido a distribuição dos recursos da forma como foi proposta pelo governo nesta quinta, porém, a opção foi rejeitada pelos membros do Conselho que representam a União. Por outro lado, os integrantes do colegiado indicados pelos acionistas minoritários defendiam a distribuição de 100% do valor.
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