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Concessões

Governo quer agenda ampla para leilões

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo tem uma agenda ampla para a realização de concessões públicas neste ano. "Nosso objetivo é fazer mais três ou quatro leilões de rodovias neste ano e realizar leilões de duas ferrovias", declarou. "Vamos também fazer os leilões de dois aeroportos e de portos neste ano", completou.

Segundo Mantega, "vai haver um consórcio vencedor de Libra, com certeza". "Esse projeto é de R$ 275 bilhões de investimentos nos próximos 35 anos. Vão ter de comprar de 12 a 14 plataformas de exploração. Cada projeto desses é um investimento no futuro", disse o ministro.

No caso dos leilões de aeroportos, ele ressaltou ter certeza "de que terá forte concorrência, porque assim como teve nos três primeiros, vai ter agora nestes dois", disse, referindo-se à concessão de Galeão, no Rio de Janeiro e Confins, em Belo Horizonte, que têm licitação marcada para 22 de novembro.

O ministro também destacou que o modelo de leilão de ferrovias é "um pouquinho mais complicado", pois conta com uma empresa estatal, a Valec, para coordenar a revenda da demanda de transporte de cargas. "É um modelo em que o governo compra a carga, garante o pagamento da carga e depois revende. Nós já temos a Valec, que vai comprar, tem R$ 15 bilhões de capital. O Tesouro dá garantia, mas temos alguns detalhes que serão definidos nas próximas semanas".

Produtividade

Segundo o ministro, cada R$ 1 investido em infraestrutura leva a um ganho em longo prazo na R$ 3 na economia, sob a forma de aumento de produtividade e de melhoria na qualidade de vida das pessoas. "O investimento em infraestrutura tem um poderoso efeito multiplicador do PIB", disse o ministro. "Esses projetos são atrativos e rentáveis. Fizemos uma modelagem para atrair muitos concorrentes. Ao invés de ficar atrás do preço mais baixo, que não atrai o investidor, modelamos para ter uma alta atratividade, mesmo porque é um volume grande de concessões que precisam de muitos candidatos", disse.

Para o ministro, a principal vantagem das concessões é que a demanda já está implantada. Ele lembrou que o tráfego aéreo cresceu de 35 milhões para 101 milhões de passagens por ano. "O financiamento é um grande desafio para viabilizar esses investimentos", disse.

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