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financiamento

Governo quer liberar R$ 41 bilhões de compulsórios para micro e pequenas empresas

O governo federal pretende liberar parte dos depósitos compulsórios para empréstimos dos bancos a companhias de menor porte, disse à Reuters nesta quarta-feira (01) o ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos. Segundo ele, o objetivo é que seja disponibilizado o equivalente a R$ 41 bilhões em depósitos compulsórios.

A mudança nos percentuais de recolhimento compulsório de depósitos à vista e a prazo – parte dos recursos dos bancos que fica depositada no Banco Central, ou seja, fora de circulação – depende de norma do BC.

Segundo Afif, a presidente Dilma Rousseff já teria manifestado ser favorável ao uso de parcela dos compulsórios para ampliar a oferta de crédito para micro e pequenas empresas.

Afif participou de reunião nesta tarde na Casa Civil com o presidente do BC, Alexandre Tombini, e os presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, e da Caixa, Mirian Belchior, além do vice-presidente de Agronegócios e Micro e Pequenas Empresas do Banco do Brasil, Osmar Dias.

Os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) também estavam no encontro.

Empurrão

Afif informou que a presidente quer uma definição sobre as condições de liberação do compulsório até 10 de abril para acelerar a oferta de crédito para os pequenos negócios, segmento que responde mais rapidamente na oferta de emprego, na avaliação do governo.

O uso do compulsório visa baratear o custo do dinheiro para as micro e pequenas empresas. De acordo com o ministro, nas condições atuais do mercado de crédito, os empréstimos e financiamentos às empresas de pequeno porte têm uma taxa média de juro de 36% ao ano. A meta é diminuir de forma significativa o custo do dinheiro para estimular negócios e a geração de emprego.

Medida

A última vez que o compulsório foi usado para estimular o crédito foi em julho e agosto do ano passado, quando o BC anunciou uma série de medidas para melhorar a oferta de empréstimos e financiamentos na economia.

A despeito dessa iniciativa, o mercado de crédito desacelerou no ano passado, encerrando o ano com uma taxa de expansão de 11,3%, a menor em 11 anos.

Para 2015, o BC indicava aumento de 12% crédito, mas reviu a projeção para alta de 11% diante dos sinais persistentes de fraqueza da atividade doméstica.

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