Negócios
BB e Bradesco lançam nova marca
O Banco do Brasil e o Bradesco anunciaram ontem o lançamento de uma nova marca de cartões de crédito, débito e vale-refeição. A Elo, que nasce da parceria entre as duas instituições, será a primeira bandeira de cartões formada com capital inteiramente nacional.
A emissão dos novos cartões deve começar dentro de seis meses, informaram os bancos ontem. A intenção é atingir as classes de menor renda.
"Essa nova parceria trará benefícios para as duas instituições e para a população como um todo através de aumento de escala e ganho de eficiência que se refletirão em menores custos para os nossos clientes", afirmou Aldemir Bendine, presidente do BB.
A expectativa é que a sinergia criada a partir da operação conjunta dos dois bancos chegue a R$ 1 bilhão. A Elo nome já usado pelo Bradesco nos anos 70 em seus cartões de crédito concorrerá com bandeiras como MasterCard, Visa e American Express. A meta, segundo executivos do BB e Bradesco, é alcançar participação de mercado de 15% no setor de cartões de crédito, débito e vales em um período de cinco anos.
Até lá, a previsão é que o mercado brasileiro chegue a 800 milhões de cartões atualmente, circulam pouco mais de 500 milhões de unidades. "O mercado brasileiro é um dos que mais crescem no mundo, com a expansão da classe C e o aumento da renda. Essa população deixa de usar dinheiro e cheque e passa a usar cartões", disse o presidente do Badesco, Luiz Carlos Trabuco.
Os bancos não detalharam o valor da anuidade dos cartões. Mas, segundo seus executivos, a intenção é que a marca Elo seja mais acessível. Para o lançamento da nova bandeira, os bancos criarão uma holding da qual Bradesco terá 50,01% de participação no capital e o BB terá 49,99%. A holding vai agregar também as participações do BB e Bradesco na Cielo (ex-Visa Net) e a Visa Vale.
Folhapress
O governo decidiu tabelar as tarifas cobradas nas operações com cartão de crédito no país. A ideia é adotar o mesmo modelo de tabelamento de preços dos serviços oferecidos aos correntistas dos bancos. A medida visa impedir abusos praticados pelas operadoras, campeãs em reclamações nos órgãos de defesa do consumidor.A decisão de tabelar os serviços e manter uma fiscalização rígida foi acertada ontem pelo Ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, e o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles. Caberá ao BC propor ao Conselho Monetário Nacional (CMN) as mudanças na forma de cobrança das tarifas. O Ministério da Justiça ficará responsável pela elaboração de um projeto de lei que irá definir regras para os emissores de cartões.
Segundo Barreto, o ministério já tem um esboço da proposta. O projeto contém pontos duros como a proibição da cobrança da chamada taxa de inatividade e o veto às tarifas por adesão e uso do programa de milhas. Além disso, a proposta vai proibir o envio de cartões sem solicitação formal do consumidor.
Estudo feito pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça identificou diversos abusos por parte dos bancos que oferecem cartões a seus clientes. Uma das instituições analisadas cobrava 31 tarifas dos correntistas e 41 dos usuários de cartão. "Há problemas que passam por cobranças que a gente não entende por que são cobradas", disse Barreto.
O ministro destacou que a experiência do BC como fiscalizador do sistema financeiro poderia ser aplicada nas operações com cartões. "O BC regulamentou muito bem a questão dos bancos, então achamos que se tivéssemos nos cartões de crédito uma regulamentação parecida, em termos do que pode ser cobrado e o que não pode, teríamos um mercado mais justo, mais equilibrado", disse o ministro.
Telefones
Além da ação contra a indústria de cartões, o Ministério da Justiça também está trabalhando para coibir os abusos no segmento de telefonia celular. O governo quer acabar com o cancelamento de créditos não utilizados por clientes dos serviços de pré-pago.
As operadoras de telefonia já foram convidadas para discutir o assunto. "Se essa conversa não prosperar (já temos) o projeto de lei prontinho para remessa ao Congresso proibindo a apropriação do crédito", afirmou o ministro.
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