As chamadas Parcerias Público-Privadas (PPP) criadas para a execução de obras do governo federal com a iniciativa privada devem ser retomadas para o novo plano nacional de investimentos em infraestrutura, previsto para ser anunciado em abril. Os detalhes ainda serão anunciados nas próximas semanas, mas as linhas gerais do plano foram anunciadas na última semana pelo ministro Rui Costa, da Casa Civil.
O novo plano nacional de investimentos em infraestrutura será uma versão atualizada do PAC, o Projeto de Aceleração do Crescimento, implantado nos governos petistas anteriores, e que vai abranger obras paradas e novos investimentos. “Só na área de habitação temos quase 180 mil unidades não entregues, quase a totalidade contratada ainda no final do governo Dilma [Rousseff, PT], em 2014, 2015, 2016”, disse Costa.
Segundo o ministro, o novo plano vai reunir investimentos federais diretos, concessões e PPP para projetos em rodovias federais, portos e aeroportos e na área de energia. Esta última já tem recursos previstos de R$ 3 bilhões para a assinatura de contratos de novas linhas de transmissão pelo Ministério de Minas e Energia, com uma estimativa de chegar a R$ 9 bilhões até julho.
“Já fizemos reuniões bilaterais com todos os estados e entramos na reta final de organizar as demandas. O presidente recebeu a Frente Nacional de Prefeitos, associações nacionais e regionais de municípios. E com isso, iniciamos a temporada de recepcionar os projetos dos municípios em projetos estruturantes”, comentou o ministro.
Essas demandas serão, em parte, recebidas pela plataforma Mãos à Obra, lançada na última sexta (10) para que estados e municípios informem ao governo as obras que estão paradas em suas regiões e que precisam ser retomadas com prioridade.
Busca por recursos
O governo ainda trabalha para conseguir viabilizar os recursos necessários para a retomada das obras, e um dos caminhos será a edição de uma medida provisória para atualizar os valores dos projetos parados e indicar de onde sairá a verga. Costa disse que, no caso do Mãos à Obra, os valores apontados pelos estados e municípios serão comparados com as atualizações projetadas pela administração pública federal.
Os dados serão tratados por lotes: aqueles que forem inseridos primeiro no sistema terão a situação analisada primeiro. O ministro explica que essa prioridade precisará ser analisada por conta do estágio avançado de deterioração de algumas obras. “O que está no dado oficial dos bancos de dados não é, necessariamente, a situação real da obra”, conta.
“Por exemplo, uma creche, uma escola que foi contratada, conveniada pelo FNDE, mas a execução era por parte do município e vamos nessa plataforma pedir que ele atualize o cadastro da obra, a situação, anexar fotos e relatórios”, exemplificou. A estimativa é de que sejam necessários R$ 4 bilhões para concluir essas obras de educação.
Ainda nesta semana será realizada uma reunião específica para ouvir ministros das áreas sociais, como Saúde, Educação e Desenvolvimento Social, e na sequência com os ministérios da área produtiva, como Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Indústria e Comércio. “Separamos em três grandes grupos para facilitar esse diálogo”, conclui Rui Costa.
Trump, Milei, Bolsonaro e outros líderes da direita se unem, mas têm perfis distintos
Justiça suspende resolução pró-aborto e intima Conanda a prestar informações em 10 dias
Moraes viola a lei ao mandar Daniel Silveira de volta à cadeia, denunciam advogados
Grupos pró-liberdade de expressão se organizam contra onda de censura
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast