O governo quer ampliar a fiscalização aos bancos. Para isso, o Ministério da Justiça e o Banco Central vão criar novos parâmetros para balizar os indicadores sobre reclamações que as instituições financeiras recebem dos consumidores por meio dos Procons que, a partir de um determinado número, podem ser encaminhados ao BC. A idéia é mostrar aos bancos que, a partir de agora, a fiscalização sobre a prestação de serviços será mais rígida.
- Se deixar o consumidor ir até o Procon o banco vai saber que será fiscalizado (pelo BC) - resumiu o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Coonsumidor (DPDC) do Ministério da Justiça, Ricardo Morishita.
Por enquanto, foi publicada portaria que cria um grupo de trabalho envolvendo técnicos das duas áreas que terão dois meses para fazer as avalições técnicas sobre os tipos de reclamação e orientações aos consumidores. Ainda precisa ser definido, por exemplo, a partir de que quantidade de reclamações que um determinado banco, e qual o tipo de serviço que está desagradando, vai chegar ao BC.
- A fiscalização pode se dar especificamente nas áreas mais apontadas pelos consumidores - resumiu o presidente do BC, Henrique Meirelles, que participou da solenidade de assinatura da portaria juntamente com o ministro Tarso Genro (Justiça).
Meirelles não quis fazer comentários sobre a atual situação econômica do país ou do mundo, mas seu colega se prontificou a defender que o Brasil está conseguindo passar pela turbulência nos mercados internacionais de maneira muito melhor do que no passado.
- Há algum tempo o Brasil navegava em águas razoáveis pelo cenário externo seguro. Agora (com a turbulência), o Brasil continua navegando em águas razoáveis - afirmou Tarso Genro.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast