O governo federal "comprou a idéia" de lançar um novo projeto de habitação popular, segundo informou nesta quarta-feira (7) o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, após reunião de empresários com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
"Esse é um grande programa que o Brasil precisava para atender famílias que ganham até cinco salários mínimos. Vai vir com uma série de novidades, como subsídios, desoneração do produto final, cadastro positivo, cartório e desburocratização", afirmou Safady Simão a jornalistas após o encontro.
A ideia, disse ele, é de construir oito milhões de novas moradias populares em um prazo de 15 anos, no valor total de R$ 350 bilhões, sendo 300 mil moradias em 2009. "Estamos pedindo redução do custo para o produto final, para o pobre", disse Safady.
Segundo ele, o governo deve anunciar "proximamente" medidas para o setor de construção civil. "Haverá um mix de investimentos com recursos do orçamento da União, do FGTS, do FAT, concessões públicas e dinheiro privado. Tem dinheiro novo também. Haverá reorganização de prioridades", disse Safady.
O representante da construção civil avaliou que há uma decisão do governo de aumentar investimentos no setor. "Vai ser assim que se garante o emprego e o crescimento (...) As medidas têm que ser rápidas", disse ele.
Milagre
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto, informou ter protagonizado um "milagre" durante o encontro.
Segundo seu relato, o representante da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Márcio Cypriano, também presidente do Bradesco, teria pedido a Henrique Meirelles, do BC, antecipação da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), atualmente marcada para 20 e 21 de janeiro, para reduzir a taxa de juros.
"Aconteceu um milagre. O próprio representante dos bancos pedindo uma antecipação da reunião do Copom para baixar a taxa Selic", disse ele. O mercado financeiro já aposta em uma redução de juros em 21 de janeiro, de 13,75% para 13,25% ao ano. A primeira desde setembro de 2007.
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