O governo decidiu entrar na ação que está sendo preparada pelo Snea (Sindicato Nacional das Empresa Aéreas) contra a greve que pode ser iniciada ainda nesta semana por aeronautas e aeroviários. A categoria está em estado de alerta desde a semana passada e ameaça parar na próxima sexta-feira.
Hoje, houve uma reunião entre representantes das companhias aéreas, aeroviários (pessoal que trabalha em terra) e aeronautas (pilotos, copilotos e comissários de bordo), que terminou sem avanços no que diz respeito ao impasse sobre reajuste salarial. As categorias farão assembleia amanhã.
Pelos cálculos do governo, sexta-feira será o dia de maior movimento nos aeroportos do país nesse período de festas de fim de ano. O sindicato diz que vai garantir apenas 20% da categoria trabalhando.
O governo está preparando argumentação para tentar declarar a greve ilegal alegando que é um serviço essencial para a população. Em outras ameaças de greve realizadas pela categoria em períodos semelhantes, o governo já entrou como polo das ações para declarar a paralisação ilegal.
As categorias reivindicam aumento de 8%. As empresas, no entanto, ofereceram 5,6% para os aeronautas, o equivalente à variação da inflação no período. Para os aeroviários, foi proposto reajuste de 7% para quem ganha o piso salarial, 5,6% para os que recebem mais do que o piso até R$ 10 mil e, acima desse valor, um valor fixo de R$ 560.
No caso dos aeroviários, parte da categoria já aceitou a proposta das empresas na semana passada. São os trabalhadores de sindicatos ligados à FNTTA (Federação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Aéreos), da Força Sindical.
O acordo foi fechado com o Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo, Sindicato dos Aeroviários do Amazonas, Sindicato dos Aeroviários de Minas Gerais e Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Aéreas do Município do Rio de Janeiro. A negociação segue com os aeroviários de sindicatos filiados à Fentac (Federação Nacional de Trabalhadores em Empresas de Transporte Aéreo), da CUT.
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