O governo vai fixar um teto para os juros cobrados no empréstimo com desconto em folha para os aposentados do INSS. Segundo o ministro da Previdência, Nelson Machado, o pantamar será definido até o fim deste mês e atende a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu uma carta das centrais sindicais alertando sobre os juros abusivos que os bancos estariam cobrando dos aposentados e pensionistas. Embora tenha destacado que o mercado é livre, Nelson Machado disse que o governo pode fixar regras para a instituição que quiser manter o convênio com o INSS.
- Para os bancos que quiserem trabalhar com o crédito consignado, onde a Previdência Social estabelece uma garantia de desconto em folha, nós podemos sim, fixar regras - afirmou o ministro, acrescentando que há uma variação muito grande no mercado.
De acordo com levantamento do ministério, as taxas variam de 2,60% ao mês (36,07% ao ano) a 3,99% ao mês (59,92%). Entre os bancos que cobram as tarifas mais baixas estão HSBC, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal e os que os taxas mais elevadas estão Banco GE Capital S.A, Banco Votorantim S.A e Banco Máxima S.A.
Atualmente, 35 bancos conveniados ao INSS oferecem o empréstimo com desconto em folha. Na próxima quarta-feira, eles serão convocados para uma reunião com os ministros da Previdência e do Trabalho, Luiz Marinho.
O presidente do Sindicato dos Aposentados, Wilson Roberto Ribeiro, orientou o segmento a aguardar o processo de negociação entre as centrais, o governo e os bancos para tomar empréstimos.
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