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Indústria Automobilística

Governo vai incentivar venda de caminhões no país, diz Miguel Jorge

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge, afirmou nesta sexta-feira (5), durante o lançamento do Grupo de Trabalho Automotivo do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), que o foco do Governo Federal está em desenvolver um programa que incentive a venda de caminhões. "A redução de do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no segmento de caminhões não teve impacto nenhum, pois o desconto gerado é de apenas 5%", observa.

Miguel Jorge não fala sobre os detalhes do programa para caminhoneiros, mas ressalta que há muitos problemas ainda a serem resolvidos, como legislação e parte jurídica. Segundo ele, a dificuldade está em trazer garantias para o autônomo conseguir o financiamento do caminhão, que é o seu meio de trabalho. Na opinião do ministro, a renovação de frota de caminhões terá de ser lenta e gradativa devido ao alto custo do produto.

De acordo com Miguel Jorge, outras medidas serão tomadas pelo governo para favorecer a indústria automobilística. Entre elas estão a redução contínua da taxa básicas de juros (Selic), a injeção de crédito para atender consumidor e indústria, e o desenvolvimento de novos acordos bilaterais com Argentina, México, Chile e Uruguai. "Queremos que o Brasil seja um centro de produção automotiva global", destacou.

A preocupação do governo está na manutenção dos números do setor que, em 2008, manteve 1,3 milhão de empregos em toda a cadeia produtiva, sendo 127 mil trabalhadores somente pelas montadoras e 207 mil pela indústria de autopeças, de acordo com dados do Ministério. No ano passado, as fabricantes de veículos somaram faturamento líquido de R$ 63 bilhões. Assim, o setor representa 5,5% do Produto Interno Bruto nacional, e 23,3% do PIB industrial.

Contra a prorrogação do IPI

O ministro Miguel Jorge argumenta ser contra a prorrogação do desconto do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) por acreditar que ele vá perder força de impacto sobre o consumo. Miguel Jorge exemplifica os modelos de renovação de frota existentes na Europa, que são feito em forma de bônus para a troca de carro usado por um novo, mas que possuem um prazo final. "Desde o começo fui totalmente contra a renovação do IPI, pois perde o sentido. O governo conseguiu estimular as vendas de veículos no país. Esse era o objetivo do desconto."

Segundo o ministro, a manutenção do benefício para automóveis só será pauta do governo daqui duas semanas. "Ainda não decidimos se ele acabará de uma vez em 30 de junho ou se será feita uma redução gradativa."

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