Governo estima que País crescerá 4 por cento em 2014

O governo prevê que o crescimento da economia no ano que vem será de 4%. A projeção, que serve de base para o governo prever quanto será sua receita em 2014, é mais otimista que a do mercado, que espera uma expansão do PIB (Produto Interno Bruto) de apenas 2,4%, segundo levantamento semanal do Banco Central.

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O governo vai perseguir um superávit primário ajustado de 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, abaixo dos 2,3% previstos para este ano, conforme proposta de Orçamento apresentada nesta quinta-feira (28). Em relação ao crescimento, o documento aponta para uma expansão de 4% do PIB no último ano do mandato da presidente Dilma Rousseff, bastante mais otimista do que os 2,4% previstos por economistas consultados para o boletim Focus, do Banco Central (BC), desta semana.

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A meta do superávit primário cheio --a economia feita para o pagamento de juros da dívida pública-- é de R$ 167,4 bilhões, ou 3,2% do PIB. Mas o governo trabalha com o cenário de abatimento de 58 bilhões de reais em gastos com investimentos e desonerações, indicando um superávit de cerca de R$ 109 bilhões , o equivalente a 2,1% do PIB.

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento projetam que a relação da dívida líquida do setor público encerrará o próximo ano em 33,9% do PIB, mas não está claro se essa estimativa considera o superávit cheio ou o ajustado.

Sobre a inflação, o governo trabalha com um IPCA de 5 por cento no ano que vem.

Prioridades

As prioridades do Orçamento do último ano da administração de Dilma são os gastos com programas sociais e investimentos públicos, que devem ser as bandeiras do projeto de reeleição da presidente.

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O programa Brasil sem Miséria contará com R$ 32,6 bilhões, o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) terão juntos R$ 63,3 bilhões. As áreas de Saúde e Educação terão 100,3 bilhões e 92,4 bilhões de reais, respectivamente, em verbas públicas em 2014.

O salário mínimo, que norteia as despesas com a Previdência Social, foi definido em 722,90 reais para o próximo ano, alta de 6,6 por cento sobre o atual.

Os investimentos das estatais federais, um importante vetor do investimento total do país, serão de 109,3 bilhões de reais no ano que vem, praticamente estável comparado a 2013, com a maior parte em projetos capitaneados pelas empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras.