O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta segunda-feira que, após cumprir um papel anticíclico para impulsionar a economia brasileira no pós-crise, o governo pretende reduzir os subsídios e os recursos para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), abrindo mais espaço para o setor privado no financiamento dos investimentos. "A partir de 2011, vamos reduzir gastos de custeio e subsídios, vamos reduzir recursos para o BNDES para o setor privado entrar", disse o ministro, durante seminário no Rio.
Segundo Mantega, nas próximas semanas o governo deverá anunciar medidas para ampliar o crédito do setor privado a longo prazo, dividindo esse papel com o BNDES. O ministro também disse, no seminário, que o governo vai "diminuir a política fiscal e abrir espaço para a política monetária, reduzindo a dívida publica e abrindo espaço para a queda dos juros".Inflação
O ministro da Fazenda defendeu ainda que analistas econômicos olhem mais os núcleos de inflação, em vez de terem uma atenção exclusiva à "inflação cheia". Mantega voltou a dizer que a inflação brasileira está em trajetória tranquila quando excluídos alimentos e demais commodities. "Já falei para a FGV (Fundação Getúlio Vargas) que o problema dos IGPs (Índices Gerais de Preços) é que (eles) medem o preço do produto na produção", disse o ministro.
Mantega também afirmou que a meta é que o país chegue ao fim do governo Dilma Rousseff com uma dívida pública de 30% do Produto Interno Bruto (PIB), ante os 41% projetados para 2010. Em 2011, segundo mostrou em uma tabela apresentada no seminário, a relação entre a dívida pública e o PIB será de 36,8%.
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