Às vésperas da tramitação da reforma da Previdência no Congresso, o governo decidiu colocar em prática um projeto antigo de venda de prédios abandonados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Em reunião com as centrais sindicais, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que há cerca de 3 mil imóveis nesta situação, muitos deles invadidos. A estimativa é que a arrecadação possa chegar a R$ 5 bilhões.
O levantamento feito pelo governo indica que, atualmente, prédios sem uso do INSS dão enormes despesas de manutenção para o governo. Os imóveis deverão ser avaliados pela Caixa Econômica Federal (CEF). Ao lado do presidente Michel Temer e do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, Padilha informou que já há alguns lotes em condições de serem postos à venda.
A portas fechadas, Temer definiu a proposta de reforma da Previdência como uma “matéria tormentosa” que vai tramitar no Congresso. Afirmou, porém, que se trata de um tema “indispensável”.
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A equipe de Temer também vai estimular o pagamento de previdência complementar para os beneficiários que têm salários mais altos. O governo estuda até mesmo criar algum tipo de incentivo, com o objetivo de atrair quem queira desfrutar de um rendimento maior ao parar de trabalhar. A ideia é que esses usuários arquem com o pagamento de um sistema privado de previdência, adiando a aposentadoria pelo INSS. “O importante é termos a certeza de que os aposentados vão receber, porque já há Estados com problemas”, lembrou Meirelles.