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Governos de diversos países se mexeram nesta segunda-feira para tentar restabelecer a confiança nos bancos globais, com pacotes multibilionários de ajuda, ao mesmo tempo em que a Grã-Bretanha defendeu a discussão de um novo acordo de Bretton Woods para reformar a arquitetura do sistema financeiro mundial.

A série de pacotes de ajuda aos bancos, valendo centenas de bilhões de dólares, foi desenhada para salvar o mundo da pior crise financeira em quase 80 anos, que pode reduzir a taxa de crescimento global e levar o planeta a uma potencial recessão.

"Somente uma ação global pode restaurar por completo a confiança necessária e construir a ordem financeira internacional", afirmou o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.

O premiê defendeu a criação de uma nova "arquitetura financeira" que reflita o alcance econômico e do sistema bancário, que ainda é muito semelhante ao modelo desenhado durante o encontro de Bretton Woods, em New Hampshire, depois da Segunda Guerra Mundial.

O governo britânico disse que irá gastar até 37 bilhões de libras (63,95 bilhões de dólares) para injetar recursos nos principais bancos do país. O movimento pode garantir que o governo se torne o maior acionista do Royal Bank of Scotland e do HBOS.

O governo francês vai criar um fundo de 40 bilhões de euros (54,89 bilhões de dólares) para assumir participações em instituições financeiras, informou a agência Dow Jones, citando uma fonte.

A Alemanha lançará um plano de resgate que inclui um fundo de 400 bilhões de euros (548,9 bilhões de dólares) em garantias para os bancos, de acordo com o esboço do pacote visto pela Reuters.

Ao mesmo tempo, o ministro de Finanças do Japão, Shoichi Nakagawa, disse que o governo avalia a possibilidade de garantir todos os depósitos bancários se necessãrio, informou a agência de notícias Jiji.

Durante o fim de semana, líderes da zona do euro realizaram uma reunião de emergência e o presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que a população poderia esperar uma série de anúncios coordenados vindos das diversas capitais européias.

Nesta segunda-feira, o Banco Central Europeu (BCE) disse que pretende emprestar aos bancos comerciais qualquer volume solicitado de dólares.

Em um anúncio conjunto com o Federal Reserve, o BCE, o Banco da Inglaterra e o banco central suíço disseram que vão aceitar todos os pedidos dos bancos comerciais por empréstimos a uma taxa de juro fixa.

A Austrália e a Nova Zelândia informaram mais cedo que estariam garantindo todos os depósitos bancários. A Indonésia elevou suas garantias para 2 bilhões de rúpias indonésias (203 mil dólares).

O Catar lançou um plano de 5,3 bilhões de dólares para comprar ações de bancos listados na bolsa de valores local.

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