Os líderes europeus anunciaram uma série de medidas logo após a reunião sobre a crise internacional; apesar de alguns acordos, divergências permanecem| Foto: Philippe Wojazer/Reuters

Líderes da União Européia declararam que a Europa está pronta para dar apoio aos bancos da região que estão sob pressão. Mas cada um dos países deve ser responsável por administrar os problemas de seu sistema bancário, reflexo do aprofundamento da crise financeira global. Os países devem continuar coordenando suas ações, afirmou o Presidente francês, Nicolas Sarkosy, na conferência de impressa logo depois do fim da reunião, e que incluiu a presença da Chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi. A reunião de emergência foi realizada neste sábado em Paris. O Presidente do Banco Central Europeu, Jean-Claude Trichet, da Comissão Européia, Jose Manuel Barroso, e o diretor do Eurogroup, Jean-Claude Juncker, também participaram da reunião.

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Os quatro líderes anunciaram uma série de medidas logo após a reunião, que incluem sanções para os diretores de bancos falidos, mudanças na contabilidade dos bancos, regras para regulamentar os fundos de hedge e agências de ratings, entre outras.

Mas apesar de o grupo ter insistido na necessidade de unidade, parece que as diferenças permaneceram as mesmas de antes da reunião. O líder do Eurogroup, Juncker, criticou os comentários de Sarkozy sobre a necessidade de os países da zona do euro serem mais flexíveis com os limites rígidos em relação aos déficits orçamentários. Juncker disse que o pacto de estabilidade da zona do euro deve ser observado estritamente, apesar da necessidade de suporte nacional ao sistema financeiro, no que teve o apóio de Berlusconi.

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Já a Chanceler alemã concordou com Juncker ao declarar que qualquer medida para lidar com a crise deve estar em conformidade com as regras de competição da União Européia. Merkel deu um passo além ao dizer que a União Européia deveria conversar a Irlanda sobre sua decisão de garantir os depósitos dos bancos irlandeses.

Os líderes dos países concordaram que os governos devem dar garantias para as poupanças internas e que em algumas economias a liquidez dever ser assegurada, enquanto as regulamentações se fortalecem. Merkel e Sarkozy acrescentaram que os executivos devem ser responsabilizados por deixarem suas instituições se afundarem em problemas.