A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) encerrou nesta segunda-feira (12) sua Reunião de Meio de Ano em Puebla, no México, dizendo que a liberdade de imprensa "continua sendo minada por governos autoritários e intolerantes que aumentam e reinventam as formas de perseguição ao jornalismo".
O documento final, aprovado pelos representantes empresariais dos 21 países presentes, entre eles o Brasil, denuncia também "uma violência que parece não ter limites" praticada contra jornalistas no continente. Para a sessão de encerramento, o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, se dispôs a mandar um representante, seu secretário de Educação, Emilio Chuayffet. Na semana passada, o presidente havia mandado dizer que não iria ao encontro de imprensa. A próxima reunião da entidade está marcada para outubro em Denver, nos EUA.
Na despedida, o presidente da SIP, Jaime Mantilla, comemorou o aniversário da Declaração de Chapultepec (aprovada em 11 de marco e 1994) e destacou que, pela primeira vez em 50 anos, o relatório sobre Cuba foi feito por alguém vindo da própria ilha - no caso, a blogueira Yoani Sánchez, que ocupa uma das vice-presidências da entidade. Por sua vez, o representante do presidente mexicano abordou as ameaças diárias contra jornalistas do país, de parte das quadrilhas de narcotraficantes. "Agredir um jornalista é agredir toda a sociedade", disse Chuayffet.
O balanço semestral menciona oito nações onde a imprensa se expõe a maiores perigos: Argentina, Equador, Venezuela, Bolívia, Cuba, Honduras, Nicarágua e Panamá. Alguns desses governos "não só proclamam como põem em prática as mais elementares normas de uma democracia republicana". E para defender seus projetos, eles criam "imensos aparatos de propaganda estatais e privados". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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