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Petróleo

Graça Foster e cinco diretores da Petrobras renunciam

Graça Foster no aeroporto de Brasília após reunião com Dilma: renúncia foi confirmada nesta quarta. | Fernando Bizerra Jr/Efe
Graça Foster no aeroporto de Brasília após reunião com Dilma: renúncia foi confirmada nesta quarta. (Foto: Fernando Bizerra Jr/Efe)

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, e cinco diretores da companhia renunciaram ao cargo e novos executivos serão eleitos em reunião do Conselho de Administração que será realizada na sexta-feira, dia 6, informou a estatal nesta quarta-feira (04).

A Petrobras anunciou nesta quarta-feira que, além da presidente Maria das Graças Foster, cinco diretores apresentaram renúncia em meio a um escândalo de corrupção envolvendo a companhia: Almir Barbassa (Finanças), José Carlos Cosenza (Abastecimento), José Miranda Formigli (Exploração e Produção), José Alcides Santoro (Gás e Energia) e José Antônio Figueiredo (Engenharia, Tecnologia e Materiais).

Devem permanecer nos cargos os diretores de Governança, Risco e Conformidade, João Elek Junior, e Corporativo e de Serviços, José Eduardo Dutra, segundo a fonte.

A saída da diretoria acontece em meio às investigações de um escândalo bilionário de corrupção e a dificuldade da atual gestão da companhia para quantificar os prejuízos com fraudes em contratos de obras durante anos.

A informação consta de resposta da estatal a ofício da BM&FBovespa pedindo esclarecimentos sobre notícias veiculadas na mídia em relação a substituição na presidência, que geraram forte alta das ações no pregão de terça-feira (03).

A renúncia ocorreu antes do esperado. As informações até a noite de terça eram de que Graça Foster ficaria na estatal até que fosse resolvida a pendência do balanço da companhia, provavelmente até o fim do mês. Na semana passada, a Petrobras apresentou números não auditados referentes ao terceiro trimestre de 2014. O balanço não trazia, como esperado pelo mercado, uma atualização de ativos que levasse em conta valores desviados em episódios de corrupção.

A imagem da executiva no Planalto se desgastou bastante após a divulgação da informação de que o ajuste no balanço poderia chegar a R$ 88,6 bilhões, valor considerado irreal pela presidente Dilma Rousseff.

A próxima diretoria terá a missão de apresentar o balanço do quarto trimestre auditado até o fim de abril, já com baixas contábeis necessárias devido ao escândalo de corrupção.

Caso não cumpra o prazo, a diretoria terá que conversar com credores para a postergação dos resultados. No entanto, há credores que acreditam que a empresa já pode ser declarada inadimplente em bilhões de dólares em dívida, mesmo tendo divulgado os resultados atrasados do terceiro trimestre.

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