Grande interesse faz BNDES ratear cotas do PIBB

Curitiba – Devido ao forte apetite dos investidores, haverá rateio na oferta pública de cotas do fundo PIBB (Papéis Índice Brasil Bovespa) realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) .O banco anunciou que vai vender R$ 2,285 bilhões em cotas.

Somente os investidores pessoa física apresentaram propostas de compra no valor de R$ 2,489 bilhões. Além disso, é preciso considerar também o interesse dos investidores institucionais (fundos).

Limite

Para as pessoas físicas, o BNDES vai garantir um limite de até R$ 15 mil sem rateio para cada investidor, seja a reserva feita por compra direta, fundos com ou sem opção de venda e clubes de investimento.

Para o montante que ultrapassar esse valor, o total reservado será rateado na proporção de 40,66% – ou seja, para cada R$ 1 mil reservados, o investidor ficará somente com R$ 406,60. Quem, por exemplo, fez uma reserva de R$ 30 mil no PIBB, terá R$ 21.099 aplicados diretamente no fundo (R$ 15 mil + R$ 8.010 referentes ao rateio) e receberá de volta R$ 8.901.

O dinheiro das sobras será devolvido pelos bancos ou corretoras no prazo máximo de três dias úteis após a data de liquidação, sem adição de juros ou correção monetária e deduzidos os tributos e encargos devidos.

De acordo com a diretora da Aureum Corretora de Câmbio e Valores Mobiliários, Adriana Dalcanale, a corretora vendeu uma quantidade de cotas cinco vezes maior que o esperado. Na sua opinião, a principal razão do sucesso de vendas foi a segurança oferecida pelo BNDES, que garantiu, para quem fez a reserva até o dia 14 último, a recompra do aporte inicial (após 366 dias).

"Pessoas que nunca tinham investido em ações sentiram-se motivadas e seguras, até porque, quem optou por comprar um PIBB, comprou uma cota de um fundo das 50 ações mais negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, entre as quais, Petrobrás, Companhia Vale do Rio Doce, Banco Itaú e Banco Bradesco", explica. "Estamos conseguindo desmistificar a idéia de que aplicar na bolsa de valores é arriscado e requer altos investimentos", destaca Adriana.