O faturamento do Grupo J. Malucelli, um dos maiores conglomerados paranaenses, crescerá pelo menos 80% neste ano, em comparação aos R$ 800 milhões de 2009. "Mas essa é uma previsão pessimista. É possível que a receita chegue a R$ 1,8 bilhão", avisa Joel Malucelli, presidente do grupo. A maior parte desse montante virá da construção ou operação de estradas e empreendimentos de geração de energia em outros estados.
"O grupo está crescendo, e muito. Mas não em função do Paraná. O único fator local com reflexo no nosso faturamento é a hidrelética de Mauá, no Rio Tibagi, que foi a única grande obra do último governo", explica o empresário.
Com poucos projetos de infraestrutura em andamento, o Paraná pode ter seu crescimento limitado no futuro. A lista de empreendimentos da J. Malucelli ilustra a busca por grandes obras além das divisas do estado. Nela estão um parque eólico no Rio Grande do Norte, rodovias e pequenas centrais hidrelétricas em Minas Gerais, duas hidrelétricas em Goiás, subestações de energia e estradas em São Paulo e a construção de uma rodovia no Rio Grande do Sul. Nos próximos meses, a companhia dará início às obras da hidrelétrica de Colíder, um projeto no norte de Mato Grosso recém-arrematado pela Copel, pelas quais receberá R$ 340 milhões.
E há também a hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Como integrante do consórcio construtor, a empresa receberá R$ 300 milhões por sua parte nas obras civis, sem contar as receitas com a geração de energia, a partir de 2015, e com a apólice que garante a execução das obras, assinada pela seguradora do grupo. (FJ)
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