O primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, irá presidir neste domingo (2) uma reunião de emergência para finalizar os detalhes de um plano de "reserva de trabalho". A proposta é destinada a reduzir o tamanho do setor público, conforme a demanda dos credores internacionais do país.
Após diversas consultas realizadas ao longo do final de semana com inspetores da chamada troica - União Europeia (UE), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE) - o governo grego parece ter definido um plano para colocar 30 mil servidores temporariamente em "reserva de trabalho", com objetivo de alcançar as metas fiscais determinadas pelos credores para 2011 e 2012.
O ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, disse que o governo elaborou o plano com um critério "objetivo e transparente". "O plano gera o menor custo social possível e coloca em 'reserva' aqueles que provavelmente podem lidar com as dificuldades desta nova situação", afirmou Venizelos, em uma entrevista para a edição do jornal To Vima de hoje.
Segundo Venizelos, diversas propostas foram discutidas com a troica antes da decisão. O objetivo de colocar os funcionários em reserva é evitar revisão constitucional. Servidores que estão perto da aposentadoria também seriam colocados em reserva com salários reduzidos.
Os detalhes devem ser finalizados na reunião de gabinete marcada para o meio-dia, no horário de Brasília. Também estão na agenda as diretrizes do Orçamento de 2012.