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zona do euro

Grécia e credores chegam a acordo de resgate após maratona de negociações

A Grécia e seus credores internacionais firmaram um acordo de bilhões de euros nesta terça-feira (11) após uma verdadeira maratona de negociações ao longo da noite, disseram autoridades, alimentando esperanças de que o país possa receber auxílio financeiro a tempo de um importante pagamento da dívida na semana que vem.

Após uma sessão de 23 horas que começou na manhã de segunda-feira (10), autoridades gregas exaustas emergiram de um hotel no centro de Atenas para anunciar que os dois lados concordaram sobre os termos de um acordo de três anos, exceto por algumas questões menores que ainda estavam sendo resolvidas.

“Finalmente, temos a fumaça branca”, disse uma autoridade do Ministério das Finanças. “Chegamos a um acordo.”

O ministro das Finanças, Euclid Tsakalotos, confirmou que apenas “duas ou três pequenas questões” continuavam pendentes. A bolsa da Grécia subia, com o índice bancário saltando 7,7%, enquanto os rendimentos dos títulos de dois anos caíam cerca de 4 pontos percentuais.

Acordo final

Um acordo dará fim a um capítulo doloroso das negociações sobre auxílio à Grécia, que combateu termos de austeridade exigidos por credores durante boa parte do ano antes de ceder, sob a ameaça de ser expulsa da zona do euro.

Após um acordo em princípio no mês passado sobre a permanência da Grécia na zona do euro, a mais recente rodada de negociações começou em Atenas há três semanas para elaborar o acordo com detalhes sobre as medidas de reforma, o cronograma de implementação e o montante de ajuda.

Uma autoridade do Ministério das Finanças grego disse que o país assegurou financiamento para os próximos três anos, com auxílio de cerca de 85 bilhões de euros. Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, os bancos gregos receberão 10 bilhões de euros em recursos de recapitalização “imediatamente” e serão recapitalizados até o fim do ano.

Autoridades gregas disseram que esperam que o acordo seja ratificado pelo Parlamento na quarta ou na quinta-feira e sancionado por ministros das Finanças da zona do euro na sexta-feira. Isso pavimentaria o caminho para desembolsos até 20 de agosto, quando vence um pagamento da dívida de 3,2 bilhões de euros ao Banco Central Europeu (BCE).

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