O Ministério de Finanças da Grécia informou nesta sexta-feira em Atenas que fechou um acordo na noite de ontem com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre "as políticas econômicas e financeiras".
O comunicado acrescenta que hoje "acontecerá outra reunião para examinar o acordo equivalente com a Comissão Europeia".
A troika, que supervisiona os avanços nas reformas estruturais e financeiras do país helênico, está composta por analistas da Comissão, do FMI e do Banco Central Europeu (BCE).
A Grécia espera que a troika elabore um relatório sobre os progressos alcançados para corrigir os problemas orçamentários e o afastamento das metas de déficit (8,5% do Produto Interno Bruto em vez do 7,6% pactuado para este ano), e uma contração da economia de 5,5% e uma taxa de desemprego de 15,4%.
Segundo indicaram hoje fontes oficiais à Agência Efe, o ministro de Finanças grego, Vangelis Venizelos, reconheceu ontem em reunião com os membros do ministério que a Grécia está "no fio da navalha".
Venizelos confirmou que "agora está sobre a mesa a conversa sobre a ampliação de como tramitar a dívida soberana dos sócios europeus" e acrescentou que "ou o país quebrará ou se levantará".
O ministro também rejeitou a ideia de realizar eleições antecipadas, como o exige a oposição conservadora: "Seria algo catastrófico para o país neste momento".
Segundo uma pesquisa publicada hoje pelo instituto Public Issue, o respaldo popular do partido socialista abaixou até a taxa mínima histórica de 22,5%.
O partido conservador de oposição leva uma vantagem de nove pontos, com 31,5%, mas sem maioria absoluta, enquanto a abstenção já alcança 34%.
O Governo enfrenta um grande descontentamento popular contra um novo projeto de lei apresentado na noite de ontem no Parlamento, com o qual pretende impor mais medidas de austeridade.
Os sindicatos majoritários de funcionários e de empresas semiestatais realizaram uma greve geral de 24 horas na quarta-feira passada contra esses cortes e a demissão de 30 mil funcionários.
Para o dia 19 de outubro está previsto uma nova greve, a qual se unirá os empregados do setor privado, o que paralisará mais uma vez a vida pública do país.
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