O primeiro-ministro grego, George Papandreou, disse ao presidente da Grécia neste sábado (05) que a nação precisa de um consenso político para provar que quer manter o euro, lançando sua tentativa para uma nova coalizão de governo para salvar o país da falência.

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Horas após sobreviver ao voto de confiança do Parlamento, Papandreou disse ao presidente Karolos Papoulias que a Grécia tem de evitar antecipar as eleições.

"Meu alvo é criar imediatamente um governo de cooperação, disse ele ao presidente, na presença de repórteres, antes de os dois líderes iniciarem conversas a portas fechadas. "Uma falta de consenso preocuparia nossos parceiros europeus a respeito da vontade de nosso país de permanecer na zona do euro".

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"Consenso é o único caminho", respondeu o presidente da Grécia.

Sem dizer quando pode sair, Papandreou, que liderou a Grécia por dois anos de turbulência política, econômica e social, disse que está pronto para discutir quem deve liderar o governo que comandaria até as eleições, provavelmente no começo do próximo ano.

"A última coisa que eu me preocupo é com o meu posto. Eu não me importo mesmo se eu não for reeleito. Chegou a hora de fazer um novo esforço; nunca fiz da política uma profissão", disse ao Parlamento antes da votação na madrugada de sábado.

A coisa pode ficar feia

Gregos, sobrecarregados por ondas de gastos e cortes de bem-estar, além de aumentos de impostos que empurraram o país para uma longa recessão, expressam desagrado com a disputa política no Parlamento.

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"Estou cansado dos políticos na Grécia e de sentir que a coisa vai ficar feia. Se ao menos eles pudessem cooperar, tudo seria muito melhor", disse Tassos Pagonis, motorista de táxi em Atenas de 48 anos."Mas será que a Grécia vai ser salva? Temo que não. Europeus já não confiam em nós, eles vão nos expulsar."

Pagonis expressou um temor generalizado no país - o de que a Grécia pode ser forçada a sair da zona do euro para seguir sozinha com uma moeda nacional ressuscitada. "Espero que nós não retornemos à dracma", disse ele.

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