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Europa

Grécia promete cumprir cortes fiscais

G-7 numa fria: ministro das Finanças do Canadá, Jim Flaherty, sai de um iglu | Geoff Robins/AFP
G-7 numa fria: ministro das Finanças do Canadá, Jim Flaherty, sai de um iglu (Foto: Geoff Robins/AFP)

Atenas - A Grécia irá se ater ao seu plano de redução do déficit e os três primeiros meses do ano serão cruciais para recuperar a confiança dos investidores e da União Europeia, disse ontem o ministro das finanças grego. "No que diz respeito ao orçamento, cada dia é um teste crucial para nós. As cifras mensais que divulgamos foram dissecadas pelos mercados e pela Comissão da UE, mas o primeiro trimestre certamente será crucial", disse George Papaconstantinou.

"As medidas que já anunciamos serão implementadas sem hesitação e terão resultado", acrescentou. No plano fiscal aprovado pela União Europeia na semana passada, a Grécia almeja reduzir seu déficit para abaixo de 3% do PIB até 2012, de um patamar de 12,7% de 2009 – o mais alto da zona do euro.

O governo disse que irá cortar o desperdício no setor público e reformar a taxação para atingir a meta, mas a UE disse querer maiores detalhes sobre as medidas planejadas até 16 de março e os mercados globais ainda duvidam de sua eficácia. O mercado de ações atingiu suas maiores baixas em três meses na sexta-feira, enquanto o euro despencou para seu menor valor em oito meses e meio em relação ao dólar.

O temor dos investidores tem foco nos países do Sul da Europa, como Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, chamados agora Piigs. A Grécia é o caso mais grave até o momento, mas há o risco de a crise ser mais ampla.

Espera-se que o governo grego mostre como irá lidar com suas preocupações fiscais nesta semana, quando planeja revelar nova política de impostos e salários. Papaconstantinou disse que ambas serão justas. "Sob estas circunstâncias, todos nós precisamos contribuir de forma justa, de acordo com nossas capacidades, enquanto os mais fracos são protegidos," disse ele. "O plano de corte de desperdício no serviço público segue nessa direção e o plano de taxação também."

O ministro das finanças reiterou que o projeto busca combater a evasão fiscal e irá abolir a ausência de taxação de certas categorias profissionais. Mas tais medidas são rejeitadas pelos grandes sindicatos trabalhistas do país, que planejam uma paralisação no final do mês.

O sindicato de servidores públicos gregos realizará uma greve de 24 horas na terça-feira para protestar contra o plano de austeridade fiscal, o primeiro teste sério à política econômica do governo. Os trabalhadores do setor privado também planejam uma greve no dia 24 de fevereiro.

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