O governo grego tomará novas medidas de restrição orçamentária em 2012 para reduzir os gastos do setor público, anunciou neste domingo (18) o ministro das Finanças Evangelos Venizelos.
O anúncio foi feito após o término de uma reunião do Conselho de Ministros, em caráter extraordinário, que durou mais de três horas. Segundo o ministro Venizelos, o governo respeitará "as metas orçamentárias descritas no plano de recuperação da economia 2011-2015", disse.
"Para o orçamento de 2012 é preciso tomar medidas de redução dos gastos públicos. O objetivo é reduzir a função pública", afirmou Venizelos, que criticou a atitude "irresponsável" da oposição de direita, que mantém sua oposição às reformas iniciadas.
A Grécia está obrigada a adotar novas medidas de rigor para que seus credores - União Europeia (UE) e Fundos Monetário Internacional (FMI), aceitem continuar realizando os empréstimos prometidos ao país em 2010.
A zona do euro decidirá em outubro se libera uma ajuda de oito bilhões de euros a Grécia, a última parcela de um pacote de 110 bilhões de euros aprovado ano passado, afirmou na sexta-feira o chefe dos ministros da Economia do bloco, Jean-Claude Juncker.
"A decisão será tomada em outubro, com a aprovação do Banco Central Europeu (BCE) e do FMI", afirmou Juncker em uma entrevista coletiva à margem da reunião informal dos ministros da Economia da zona do euro na Polônia.
"O Eurogrupo reconhece os esforços significativos realizados pelas autoridades da Grécia no último ano, mas a Grécia deve continuar com a execução do programa de medidas de austeridade", disse. "Isto é chave", ressaltou.
Os ministros da Economia da UE estiveram reunidos de 15 a 17 de setembro na Polônia para acelerar a entrega do segundo pacote de ajuda de quase 160 bilhões de euros, aprovado em julho, para que a Grécia possa cumprir os compromissos com os credores e evite um default.