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Pacote financeiro

Grécia vê conclusão de negociações sobre ajuda neste sábado

A Grécia espera concluir conversas com autoridades da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre um pacote financeiro multibilionário neste sábado (1), disse uma autoridade do governo, enquanto milhares de manifestantes protestavam em Atenas contra medidas planejadas pelo governo.

A ministra da Economia francesa, Christine Lagarde, afirmou esperar que um pacote entre 100 e 200 bilhões de euros (133-160 bilhões de dólares) ajude a tirar a Grécia da crise de dívida, acrescentando ter "boas esperanças" de que um acordo possa ser alcançado ainda neste fim de semana.

Os problemas desencadeados pelo inesperadamente grande déficit orçamentário grego revelado no ano passado têm exposto divisões dentro da zona do euro sobre como combater a crise que vem elevando pressões sobre o euro e sobre os custos de financiamento para economias mais fracas da UE.

Atenas está negociando com autoridades do FMI, da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu (BCE), mas qualquer acordo tem de ser aprovado pelo gabinete grego e pelos governos da UE.

"Esperamos concluir as negociações com o FMI, a UE e o BCE hoje", afirmou à Reuters uma autoridade grega.

A assessoria de imprensa do primeiro-ministro George Papandreou informou que um encontro ministerial ocorrerá no domingo, às 3h30 (horário de Brasília), um pouco mais cedo que o anteriormente planejado. A reunião será transmitida ao vivo pela TV grega.

Em Paris, os comentários de Christine Lagarde foram feitos após o presidente francês, Nicolas Sarkozy, participar de um encontro entre ministros franceses neste sábado para discutir a Grécia. O gabinete de Sarkozy informou que França e Alemanha estão determinadas a implementar um plano de ajuda de três anos rapidamente.

Mas o socorro virá em resposta a severos cortes orçamentários na Grécia, onde milhares de manifestantes marcharam no 1o de maio gritando palavras de ordem contra as medidas de austeridade do governo, que, segundo eles, golpeiam somente os pobres e vão afundar o país ainda mais na recessão.

"Não à junta do FMI", entoavam os manifestantes, referindo-se à ditadura militar que governou a Grécia entre 1967 e 1974. "Tire as mãos dos nossos direitos! FMI e Comissão da UE, fora!", gritavam enquanto marchavam ao Parlamento.

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