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Campanha salarial

Greve acaba na Renault/Nissan e na Volks metalúrgicos ficam divididos

Acabou a greve na montadora Renault/Nissan, localizada em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Em assembléia realizada na manhã de ontem, os cerca de 4 mil trabalhadores decidiram aceitar a proposta de reajuste de 7,44% em dezembro e abono de R$ 1,5 mil em outubro, uma das ofertas do Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea) apresentada no dia 17 e reforçada na terça-feira em audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Os 3,6 mil metalúrgicos da Volkswagen iriam discutir o rumo do movimento às 22h40, depois do fechamento desta edição.

A reivindicação da categoria, cuja data-base é 1.º de setembro, era de reajuste de 8,5%, o que significa aumento real de 3,68%. A inflação medida no período foi de 4,82%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), geralmente usado em acordos salariais. Pela proposta do Sinfavea, o ganho real é de 2,62%.

Os 2,2 mil funcionários da montadora Volvo aceitaram semana passada a proposta de 7,44% de reajuste em novembro mais R$ 1 mil de abono em outubro. O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) afirma que os trabalhadores da Volvo, montadora mais antiga do estado, têm salários equivalentes aos dos metalúrtigos de São Paulo, maiores do que a média paranaense para a categoria. No ano passado, segundo o SMC, trabalhadores das três fábricas fizeram greve de uma semana e conquistaram 5% de aumento salarial (2,58% do INPC e 2,18% de aumento real) e mais R$ 700 de abono.

Os operários do 1.º turno da Volkswagen voltaram ao trabalho ontem de manhã. Os do 2.º turno não aceitaram a proposta, mas, mesmo assim, entraram para trabalhar. Uma assembléia foi marcada pelo SMC para 22h40 para decidir o próximo passo. Caso a proposta seja reprovada, será dado um prazo de 48 horas para a montadora oferecer outra.

Com a paralisação, que começou na quinta-feira passada, deixaram de ser produzidos 6,5 mil veículos nas três montadoras. Na Renault, foram 2,8 mil automóveis e, na Nissan, 360. A produção nas duas fábricas voltou ao normal ontem. Na Renault são fabricados os modelos Clio, Scénic, Logan, Mégane e Mégane Grand Tour. A Nissan produz os modelos Master e Xterra. Na Volkswagen, deixaram de ser fabricados 3.320 veículos. A unidade produz os modelos Fox (de duas e quatro portas), Crossfox, Fox Europa e Golf.

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