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“Participei de uma seleção superdifícil para trabalhar em uma grande rede de supermercados e fui chamada. Mas a primeira exigência para assumir a vaga é entregar a carteira de trabalho, o que, para mim, é impossível em função da greve.”
Morgana Alves da Lima Freire, atendente | Antônio Costa/ Gazeta do Povo
“Participei de uma seleção superdifícil para trabalhar em uma grande rede de supermercados e fui chamada. Mas a primeira exigência para assumir a vaga é entregar a carteira de trabalho, o que, para mim, é impossível em função da greve.” Morgana Alves da Lima Freire, atendente| Foto: Antônio Costa/ Gazeta do Povo

Cerca de 20 mil carteiras de trabalho deixaram de ser entregues no Paraná em função da greve dos servidores administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego, que completa hoje 21 dias. Em Curitiba, cerca de 1,3 mil documentos estão retidos na Supe­rin­tendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PR) desde o início do movimento, que também suspendeu os serviços de registro profissional e solicitações do seguro-desemprego.

A paralisação tem deixado sem alternativas quem depende da entrega do documento para começar a trabalhar. Este é o caso da atendente Morgana Alves de Lima Freire, que deu entrada no pedido de segunda via da carteira de trabalho há cerca de um mês e deveria ter retirado o documento ontem. "Participei de uma seleção superdifícil para trabalhar em uma grande rede de supermercados e fui chamada. Mas a primeira exigência para assumir a vaga é entregar a carteira de trabalho, o que, para mim, é impossível em função da greve", lamenta. "Preciso deste trabalho, a oportunidade é boa e o salário também", completa.

De acordo com a assessoria de imprensa da SRTE-PR, 20% do quadro de servidores permanece trabalhando nas funções administrativas e de fiscalização. A entrega dos documentos à população, no entanto, permanecerá suspensa até o fim da greve. Isso deve aumentar ainda mais o acúmulo de documentos na SRTE-PR, que entrega em média 1 mil carteiras de trabalho por dia em todo o estado, sendo 90 apenas na capital.

Reivindicações

De acordo com representantes do comando de greve, as negociações com o Ministério do Planejamento – responsável pelas negociações com os servidores –, estão paralisadas, e não há previsão para a retomada dos trabalhos.

"A greve nasceu da palavra do ministro [do Trabalho], que não foi cumprida. Agora o governo tem colocado pessoal do quarto escalão para negociar; não consideramos isso um diálogo", diz o diretor do sindicato que representa os servidores da SRTE, Gilberto Félix da Silva Júnior.

Segundo ele, representantes do comando nacional viajam ainda nesta semana a Brasília para tentar uma negociação que ponha fim à greve. "Queremos forçar uma conversa com alguém que nos dê uma resposta efetiva", garante.

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