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Caminhoneiros ocupam as margens da BR-277 em Medianeira, Região Oeste do estado | Christian Rizzi/Gazeta do Povo
Caminhoneiros ocupam as margens da BR-277 em Medianeira, Região Oeste do estado| Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo

Jornada de Trabalho

10 horas de direção foi em quanto a chamada Lei do Caminhoneiro – em vigor desde junho deste ano – limitou a jornada de trabalho dos motoristas contratados. Para os autônomos, o período máximo ficou em 12 horas. Os caminhoneiros querem a suspensão da lei até que sejam construídos "pontos de paradas seguros".

Caminhoneiros do Paraná seguem com as manifestações que pedem a alteração da nova lei que regulamenta a profissão e também de uma resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Durante essa segunda-feira foram registrados 20 piquetes nas rodovias estaduais e federais do estado, nas regiões Norte, Oeste e também nos Campos Gerais. Perto da cidade de Mamborê, na Região Centro-Oeste, um homem morreu atropelado, na BR-369.

Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, a vítima era um caminhoneiro que participava dos protestos organizados pelo Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC). O acidente ocorreu por volta das 15h30. Augostinho Daboite, de 44 anos tentou colocar um cone em frente a um ônibus que passava pelo bloqueio. A polícia informou que o veículo diminuiu a velocidade, mas não foi o suficiente para evitar a colisão. O motorista do ônibus que havia partido de Foz do Iguaçu foi encaminhado para a delegacia. Segundo o Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), que lidera as manifestações Brasil afora, uma reunião hoje à tarde, nos ministérios do Trabalho e Transportes, discutirá o impasse. Além do Paraná, estados como o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais também registraram forte movimentação da categoria.

Reivindicações

A mobilização é uma reação a pontos da chamada Lei do Caminhoneiro – em vigor desde junho deste ano – que limitou a jornada de trabalho a 10 horas para os contratados e a 12 horas para os autônomos. Outra exigência são intervalos de 30 minutos a cada 4 horas trabalhadas e um repouso ininterrupto de 11 horas a cada 24 horas. Os caminhoneiros querem a suspensão da lei até que sejam construídos "pontos de paradas", onde os veículos possam permanecer em segurança.

A categoria também contesta pontos da Resolução 3658, da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que acaba com a carta-frete e a informalidade na discriminação de custos da contratação de autônomos por parte das transportadoras. Os trabalhadores pedem a suspensão temporária da norma, até que o sistema eletrônico de pagamento seja estruturado.

Os caminhoneiros também reivindicam a criação do Fórum Nacional do Transporte, a suspensão imediata da fabricação dos bitrens (composições rodoviárias com nove eixos) e a criação de delegacias especializadas em combater roubos de cargas.

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