A greve dos funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no Paraná continua até quinta-feira (24), em princípio. Durante assembleia, realizada na tarde desta terça-feira (22), os funcionários decidiram manter a paralisação. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), na quinta-feira será realizada uma audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, onde a empresa e grevistas tentarão chegar a um acordo.
O movimento grevista é nacional e para que seja encerrado é necessário que pelo menos 18 sindicatos decidam pelo fim da paralisação. Ao todo são 35 sindicatos que representam os trabalhadores dos Correios no Brasil. Os grevistas reivindicam uma reposição salarial de 41,03%, que corresponderia a perdas ocorridas desde agosto de 1994. Outros pedidos são de aumento linear de R$ 300 no piso salarial da categoria, que é de R$ 640, além de segurança armada e portas giratórias nas agências e redução da jornada de trabalho. A empresa ofereceu 9% de aumento válido por dois anos, e um adicional de R$ 100 sobre o piso.
De acordo com a assessoria de imprensa dos Correios no Paraná, cerca de 1,5 milhão de objetos deixaram de ser entregues no estado inteiro durante a greve, que completou uma semana nesta terça. A empresa calcula que a adesão a greve atinge cerca de 20% dos trabalhadores do estado. Os serviços menos urgentes, como cartas, e os muito urgentes, como o Sedex 10, foram os mais prejudicados com a paralisação. Os serviços de entrega rápida foram suspensos na última quarta-feira (16).
Manifestações
Durante a manhã desta terça os grevistas realizaram um protesto e fizeram o enterro simbólico do presidente nacional dos Correios, Carlos Henrique Custódio, e do diretor estadual da empresa no Paraná, Itamar Ribeiro. Segundo o Sintcom-PR, o motivo do protesto foi a intransigência dos diretores na negociação com os funcionários.
Na manhã de quarta-feira (23) está previsto um panelaço em frente à sede estadual dos Correios, na Rua João Negrão. À tarde será realizada uma nova assembleia para os funcionários decidirem sobre o futuro da paralisação.
