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Portugal

Greve contra cortes e aumento de impostos paralisa metrô de Lisboa

Lisboa amanheceu nesta quinta-feira (27) com todas as estações de metrô fechadas e o serviço totalmente paralisado em uma nova greve parcial de seus funcionários em protesto contra a política de ajustes do governo.

Sindicatos e a empresa informaram que os trens não circularam durante as primeiras horas de serviço, das 06h até as 10h30 (locais), o que levou muitos portugueses a optar pelo carro e engarrafou ainda mais o trânsito na capital lusitana.

Durante os últimos dois anos, os funcionários do metrô lisboeta fizeram várias paralisações parciais, normalmente nos horários de pico do serviço, todas elas com forte adesão.

O transporte subterrâneo leva diariamente cerca de 450 mil pessoas, segundo dados fornecidos pela própria companhia.

A greve de hoje foi convocada pelos sindicatos para mostrar mais uma vez a rejeição aos cortes salariais aplicados ao elenco e defender o metrô como serviço público.

Os funcionários se opõem à possibilidade de privatização da companhia que administra o metrô de Lisboa, em meio aos esforços do Executivo conservador português para reduzir o gasto público.

Portugal, país que teve intervenção da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional há um ano e meio, se comprometeu, em troca do resgate financeiro, a diminuir o déficit público para 5% do PIB em 2012 e para 4,5% em 2013.

Para atingir a meta, o governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho aplicou severas medidas de austeridade destinadas a cortar as despesas do Estado, ao mesmo tempo em que realizou uma alta de impostos generalizada para tentar melhorar a arrecadação.

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