A greve dos servidores da Sanepar de Curitiba - que começaria na segunda-feira (26) - foi substituída por uma paralisação de 24 horas. Isso porque o governador do estado, Roberto Requião, anunciou na quinta-feira (22) que o pagamento do Programa de Participação nos Resultados (PPR) será feito aos colaboradores da empresa.
A paralisação não afetará a população, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Saneamento das regiões Oeste e Sudoeste, Sul e Leste do Paraná (Saemac). No entanto, a possibilidade de haver greve não foi totalmente descartada pelos servidores, segundo o presidente do Saemac, Gerti José Nunes. "No momento a greve perdeu o objetivo com o anuncio do governador. Porém, ela não foi cancelada. Aguardamos as definições sobre a questão", afirmou Gerti. Isso porque a Sanepar e o governo estadual ainda não definiram quando e como será feito o pagamento.
De acordo com a empresa, as definições serão dadas na segunda-feira (26) durante a reunião da diretoria. Caso isso não ocorra, os trabalhadores podem deflagrar o movimento na terça-feira (27). Os trabalhadores da Sanepar de Curitiba haviam aprovado o indicativo de greve em assembleia realizada no dia 15 de outubro.
Anteriormente, o governo estadual havia baixado um decreto proibindo o pagamento da participação nos lucros aos trabalhadores, pois a Sanepar possui dívidas com o estado. Entretanto, governo estadual afirmou na quinta-feira que a Procuradoria Geral do Estado (PGE) analisou o caso e determinou que o pagamento poderá ser feito, segundo informações da Agência Estadual de Notícias, órgão oficial de comunicação do governo do estado.
Na quinta-feira (22) Requião disse que a Sanepar fará o pagamento aos acionistas privados e não aos trabalhadores. Dessa forma, autorizou que os servidores também sejam contemplados com o benefício, após ter o aval da PGE.
Para que o pagamento possa ser feito, a Sanepar pedirá à PGE que determine a excepcionalidade do referido decreto estadual.
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