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Segundo a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, todos os serviços realizados nos terminais foram interrompidos pela paralisação, que foi organizada pelo Sindicato dos Estivadores de Paranaguá e Pontal do Paraná nesta terça-feira (14) | André Rodrigues / Agência de Notícias Gazeta do Povo
Segundo a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, todos os serviços realizados nos terminais foram interrompidos pela paralisação, que foi organizada pelo Sindicato dos Estivadores de Paranaguá e Pontal do Paraná nesta terça-feira (14)| Foto: André Rodrigues / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Cerca de 3 mil trabalhadores portuários de Paranaguá decidiram interromper suas atividades na tarde desta terça-feira (14) em protesto contra a Medida Provisória 595/12, conhecida como MP dos Portos e que propõe um novo marco regulatório para o setor e passa por votação na Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta terça-feira. Segundo a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), todos os serviços realizados nos terminais foram interrompidos pela paralisação, que foi organizada pelo Sindicato dos Estivadores de Paranaguá e Pontal do Paraná.

A paralisação, que teve início às 13 horas, estava programada para ocorrer por tempo indeterminado. Ao longo da noite, as uma nova votação entre os funcionários será realizada para decidir se haverá manutenção da greve por tempo indeterminado, conforme informou o sindicato. O fim da paralisação está diretamente ligado ao resultado da votação da MP.

O presidente do Sindicato dos Estivadores de Paranaguá e Pontal do Paraná, Antônio Carlos Bonzato, disse que a paralisação não tem horário para terminar, e que o encerramento da greve segue "até segunda ordem". Segundo Bonzato, a greve segue, sobretudo, porque os trabalhadores não estão de acordo com trechos retirados da medida, atitude que não manteria a garantia de emprego dos trabalhadores.

Edson César Aguiar, presidente do Sindicato dos Operadores Portuários do Paraná (Sindop), informou que a agremiação já entrou com uma ação na Justiça do Trabalho que indicia a greve como abusiva e que solicita autorização da Justiça para usar equipe própria para dar continuidade aos serviços dos portos.

A Appa informou que ainda não mensurou o impacto causado pela greve, mas disse que o prejuízo será grande, já que todos os serviços estão parados. A administração disse ainda que foi pega de surpresa e lamenta a greve, já que, até agora, maio tinha sido o mês mais rentável para os trabalhos do terminal, uma vez que nos quatro primeiros meses do ano a grande quantidade chuva tinha afetado as exportações.

Mesmo com os estivadores de braços cruzados, os caminhões que transportam grãos para o porto continuam descarregando. Caso a greve se mantenha, os silos do local têm capacidade para suportar mais seis dias de descarregamento.

Nacional

Além de Paranaguá, estivadores dos portos de Santos (SP) e Rio de Janeiro também aderiram à greve. O porto de Santos é o maior da América Latina e o terminal de Paranaguá é um dos mais importantes para as exportações de grãos do país.

A paralisação já havia sido anunciada no plenário da Câmara pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, que também é presidente da Força Sindical.

Para Paulinho, a MP da maneira que está tira direitos dos trabalhadores do setor. Ele defende que a contratação nos novos terminais portuários também seja feita por meio dos Órgãos Gestores de Mão de Obras (Ogmo).

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