Desde o início da greve dos trabalhadores dos Correios, na semana passada, cerca de 1,2 milhão de correspondências deixaram de ser entregues no Paraná. A paralisação completou seis dias nesta segunda-feira (21). Em todo Brasil, 34,6 milhões de correspondências estão paradas nos centros de distribuição.
Na manhã desta segunda-feira (21), os carteiros fizeram uma panelaço em frente a sede estadual dos Correios do Paraná, na Rua João Negrão em Curitiba. Os trabalhadores decidirão, em assembleia marcada para as 16 horas, se continuam parados.
Segundo a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), a adesão à greve está em 24% dos 109 mil funcionários da estatal. Ainda segundo a empresa, os trabalhadores do Rio de Janeiro Bahia, Rio Grande do Norte, Ribeirão Preto, Santos e Bauru (SP), Santa Maria (RS) e Uberaba (MG) encerraram a paralisação.
As agências de correios em todo o Brasil funcionam normalmente. Por precaução, continuam suspensos os serviços com hora certa Sedex 10, Sedex Hoje, Sedex Mundi e Disque-Coleta. O Sedex normal funciona, mas sem garantia de prazo para entrega.
No final da tarde de sexta-feira (18), os Correios protocolaram junto ao TST pedido para instauração de dissídio coletivo, de natureza econômica, com pedido de liminar para suspensão do movimento grevista. Nos próximos dias o TST deverá chamar as partes para uma audiência de conciliação.
Reivindicação
Os trabalhadores dos Correios reivindicam um índice bem diferente de reposição salarial 41,03%, que corresponderia a perdas ocorridas desde agosto de 1994. Outros pedidos são de aumento linear de R$ 300 no piso salarial da categoria, que é de R$ 640, além de segurança armada e portas giratórias nas agências e redução da jornada de trabalho. Vinte e seis sindicatos rejeitaram a proposta da empresa de reajuste de 9%, válido por dois anos, e um adicional de R$ 100 sobre o piso.
Contas atrasadas
A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa ao Consumidor do Paraná (Procon-PR) alerta que o não recebimento das correspondências não dá aos clientes o direito de fazer os pagamentos com atraso. A solução é procurar a empresa credora e solicitar o envio de uma segunda via da fatura por fax ou e-mail ou buscar outra forma de pagamento, como o depósito bancário. Apenas caso a empresa se recuse a fazer a cobrança de outra forma é que o consumidor pode reclamar junto ao Procon.