A greve dos bancários chegou nesta segunda-feira (3) ao 28º dia e está prestes a se tornar a mais longa da categoria – a paralisação deste ano já é a segunda maior dos últimos anos, atrás apenas de 2004, quando chegou a 30 dias.
Semana passada, na quarta-feira (28), os bancos apresentaram ao Comando Nacional da categoria uma proposta válida por dois anos: manutenção do reajuste de 7% para 2016, com abono de R$ 3.500, um aumento de R$ 200 em relação à proposta anterior, e aumento de 0,5% acima da inflação para 2017. A proposta foi rejeitada.
Com o impasse, o Comando Nacional dos Bancários orientou a categoria a realizar assembleias de mobilização em todo o país nesta segunda-feira (3). Em Curitiba, o encontro ocorrerá nesta tarde, às 17h, no Espaço Cultural e Esportivo dos Bancários.
Segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, mais de 80% dos bancários da capital e cidades vizinhas permanecem em greve. Em Curitiba, são 361 agências paralisadas, além de nove centros administrativos e cinco financeiras, segundo o sindicato.
Reivindicação
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%; participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário mínimo nacional (R$ 880). Também é pedido décimo quarto salário, fim das metas abusivas e do assédio moral.
Atualmente, os bancários recebem um piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 no caso dos funcionários que trabalham no caixa ou tesouraria). A regra básica da participação nos lucros e resultados é 90% do salário acrescido de R$ 2.021,79 e parcela adicional de 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, podendo chegar a até R$ 4.043,58. O auxílio-refeição é de R$ 29,64 por dia.
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