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Paralisação

Greve dos bancários começa nesta quinta

Depois de as negociações com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) pelo país não chegarem a um acordo, os bancários do Paraná decidiram entrar em greve com prazo indeterminado a partir da 0h desta quinta-feira (19). A expectativa da Federação dos Bancários do Paraná (Feeb-PR) é que os 30 mil funcionários cruzem os braços. A paralisação no estado já havia sido decidida na semana passada.

Em Curitiba, estarão fechadas todas as agências bancárias nas regiões do Centro, Portão, Centro Cívico e do Mercado Municipal. Na Região Metropolitana, está confirmado que estarão fechadas agências dos centros de Araucária e São José dos Pinhais. Conforme o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, mais de 12 mil trabalhadores, de um total de 17 mil, devem paralisar as atividades.

Prédios administrativos também deixarão de funcionar na quinta-feira. As duas unidades da Caixa, na Praça Carlos Gomes e na Rua Conselheiro Laurindo; as duas do Banco do Brasil, na Praça Tiradentes e em São José dos Pinhais; as quatro do HSBC, nos bairros Xaxim, Vila Hauer, na Avenida Kennedy e no Palácio Avenida; a do Bradesco, na Rua Monsenhor Celso; e a do Santander, na Avenida Marechal Deodoro, estarão de portas fechadas.

Em todas as agências, estarão presentes comitês de convencimento e esclarecimento formados por bancários. "A ideia é que eles trabalhem para convencer os outros funcionários a aderirem à greve e também expliquem nossa condição aos consumidores", comenta o Secretário de Organização e Mobilização do Sindicato, Junior Cesar Dias.

Segundo Dias, não estão previstas manifestações nas ruas inicialmente. Mas, dependendo da evolução do movimento e do comportamento do restante dos sindicatos do país, a possibilidade de sair às ruas não está descartada.

Pelo Brasil

O restante dos sindicatos do país também vai paralisar suas atividades a partir da meia noite de quinta-feira. Os bancários reivindicam, principalmente, reajuste salarial de 11,93%, sendo 5% de aumento real; maior participação sobre lucros e resultados; "fim das metas abusivas" - exigências de mínimo de venda de produtos do banco por seus funcionários; e fim do processo de terceirização nas agências.

Eles reivindicam um piso salarial de R$ 2.860,21, valor calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) como sendo o mínimo para que o trabalhador possa pagar suas despesas básicas e de sua família. A proposta dos bancos é 6,1% de reajuste salarial, mantendo a mesma fórmula de participação nos lucros.

Consumidores não devem ser afetados

Segundo a diretora do Procon-PR, Claudia Silvano, "questões entre empregados e empregadores não devem prejudicar os consumidores". Mesmo assim, a paralisação não isenta o consumidor de pagar suas contas dentro do prazo estipulado pelo credor, segundo nota enviada por e-mail pelo Procon-PR.

Para evitar eventuais encargos, como multas e juros pelo não pagamento da dívida em dia, a primeira atitude é ligar para a agência na qual possui conta para saber se ela aderiu à greve. Caso tenha aderido, procure saber se outra agência está operando.

Caso não seja possível utilizar uma agência bancária, a solução é procurar, o quanto antes, o credor e solicitar outra opção de local para efetuar o pagamento, como internet, sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos, e outros.

A greve não afeta o funcionamento dos caixas eletrônicos das instituições financeiras, e o pagamento de contas de serviços públicos como água, luz e telefone pode ser feito em casas lotéricas e em alguns supermercados.

Comprovantes

O cliente deve guardar os comprovantes, tanto os que indicam que ele buscou o credor para solicitar outra forma de pagamento, quando os comprovantes de pagamento feitos por outros canais, como internet e telefone. "No caso da internet, o comprovante pode ser impresso. Pelo telefone, o consumidor deve anotar o número do protocolo", diz o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Idec).

Contas em Atraso

Para quem tem conta como luz, água, telefone, gás em atraso, a orientação é fazer o pagamento normalmente pelos canais alternativos do banco (internet, telefone, corresponde bancário). As próprias concessionárias de serviço público costumam inserir os juros e as multas na conta do mês seguinte.

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