A greve dos bancários completa dez dias nesta quinta-feira (15). Até esta quarta-feira (15), a adesão à paralisação contabilizava 12.386 agências, número que representa 53% de todas as agências do país, e cerca de 46 Centros Administrativos, de acordo com balanço divulgado pelo Comando nacional da categoria.
Na última reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada terça-feira (13), não houve avanços. Os bancos mantiveram a proposta anteriormente apresentada, de reajuste de 7% nos salários, abaixo da inflação, e abono de R$ 3.300 — que havia sido rejeitada pela categoria.
Uma nova rodada de negociações está marcada para esta quinta-feira (15), às 16h, em São Paulo.
“Diante da insistência da Fenaban em apresentar um reajuste que não cobre nem a inflação do período, a mobilização da categoria ganha força. Não adianta empurrar para a categoria proposta sem valorização salarial. O abono não é incorporado no cálculo de PLR, de férias, de décimo terceiro, de FGTS, nem nos planos de carreira e o salário vai continuar tendo perda do poder aquisitivo”, afirma em nota o presidente da Confederação nacional dos Tarabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, Roberto von der Osten.
Os bancários pedem recomposição da inflação medida pelo INPC, de 9,62%, mais aumento real de 5%. A proposta de 7% representa uma perda de 2,39%, alegam os bancários. A categoria pleiteia ainda PLR de três salários mais R$ 8.317,90.
Alternativas
Mesmo com as agências fechadas, os clientes dos bancos ainda conseguem realizar movimentações em terminais de autoatendimento e canais alternativos, como internet banking, aplicativos de celular, transações por telefone e correspondentes bancários (casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercado e outros estabelecimentos comerciais credenciados pelas instituições financeiras).