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Impacto

Greve dos bancários pode afetar depósitos em Londrina

Impacto maior no atendimento deve ser sentido a partir das 11 horas, quando começa o expediente bancário | Roberto Custódio / JL
Impacto maior no atendimento deve ser sentido a partir das 11 horas, quando começa o expediente bancário (Foto: Roberto Custódio / JL)

Os servidores dos Correios entraram em greve na quarta (18) e os bancários nesta quinta-feira (19) em Londrina. A nova paralisação, decidida em assembleia da categoria, é por tempo indeterminado. Até que termine, os serviços dos caixas eletrônicos serão mantidos, mas os depósitos não serão autenticados.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Londrina, Wanderley Crivellari, o bloqueio aos depósitos tem respaldo legal. "Estamos exercendo nosso direito constitucional de greve. Para autenticar o depósito, o bancário terá de sair da greve. Isso não vai acontecer", declarou.

O Procon de Londrina já alertou que fará fiscalizações constantes para averiguar se caixas eletrônicos estão em funcionamento e abastecidos com cédulas e envelopes para depósito. Todos os consumidores que sofrerem algum tipo de prejuízo com a paralisação das atividades bancárias poderão registrar denúncia no órgão pelo telefone (43) 3345-0396 ou pessoalmente na Rua Mato Grosso, 299, região central.

Sobre o previsível aumento no movimento nas casas lotéricas e correspondentes bancários, Crivellari explicou que não há ações possíveis para minimizar o impacto. "Isso não está na nossa alçada. Pode até haver uma procura maior, mas não há o que nós, bancários, possamos fazer."

Em entrevista à RPCTV, o coordenador do Procon em Londrina, Rodrigo Brum Silva, confirmou que as fiscalizações do órgão já estão sendo feitas. Segundo ele, o serviço de compensação bancária - pagamentos e depósitos inclusive - são considerados essenciais e não podem ser interrompidos. "Nem que seja nos caixas eletrônicos, esses serviços precisam ser mantidos", declarou.

De acordo com o coordenador, o Procon não quer "comprar briga" com o sindicato dos bancários. "Não é nosso objetivo entrar nessa disputa entre os bancos e os trabalhadores. Os consumidores contrataram um serviço, e se ele não for executado é responsabilidade dos bancos", avaliou.

Abrangência

Por volta das 13h, 56 das 79 agências bancárias de Londrina estavam fechadas. Segundo o secretário de Finanças do sindicato, Marcos Neves, a abrangência da greve em Cambé e Ibiporã era maior. "Nessas cidades temos informação de mais de 90% de agências fechadas", disse.

Reivindicações

Em negociação desde agosto, os bancários reivindicam 11,93% de reajuste salarial. A Federação Nacional dos Bancos (Fenabran) ofereceu 6,1%, que equivaleria apenas à reposição das perdas dos últimos 12 meses. Em Londrina, há 1.780 bancários e 78 agências.

O porcentual de reajuste salarial é composto pelas perdas relativas à inflação e por ganho real de 5%. A categoria reivindica ainda melhoria na participação dos lucros; ampliação do horário de atendimento das 9 horas às 17 horas com dois turnos (atualmente a população é atendida das 11 horas às 16 horas); e fim das demissões, entre outros itens.

Em 2012, a greve durou sete dias, mas, em outros anos, as agências chegaram a ficar 20 dias fechadas. Durante o período da greve, a população terá acesso apenas aos serviços de caixas eletrônicos e ao recebimento de aposentadorias.

Cooperativas

As cooperativas de crédito não devem aderir à greve dos bancários. Em nota enviada à imprensa, a Sicredi União PR/SP informou que abrirá as agências normalmente, de acordo com os horários já estipulados em cada cidade.

No Norte do Paraná, a cooperativa tem 22 unidades de atendimento, inclusive em Londrina. A única ressalva feita pela nota é de que o Sicredi não recebe pagamento de contas de outros bancos.

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