A greve dos bancários provocou uma queda na liberação de crédito para os consumidores em setembro, informou o Banco Central nesta terça-feira (29).
Segundo relatório da instituição, a paralisação contribuiu para uma redução de 3% nos empréstimos às famílias, com destaque para o crédito consignado (-16%), aquisição de veículos (-8,1%), financiamento imobiliário (-9,5%) e crédito rural (-7%).
A greve teve início no dia 19 de setembro e só terminou na segunda semana de outubro. A liberação de empréstimos para empresas foi menos afetada e cresceu 1,5% no mês passado.
Alta dos juros
A taxa média de juros com recursos livres, que correspondem aos empréstimos concedidos pelos bancos de acordo com as condições de mercado, ficou em 28,4% ao ano em setembro, uma alta de 0,4 ponto percentual em relação a agosto, informou o Banco Central hoje.
No segmento de pessoa física, a taxa média anual ficou em 37,2%, aumento de 0,7 ponto percentual. Já no de pessoa jurídica, a alta foi menor, de apenas 0,1 p.p., chegando a 20,7% ao ano.
A alta dos juros torna mais caro fazer compras parceladas e tomar empréstimos, o que desestimula o consumo. O aumento dos juros médios no mercado é reflexo do aumento da taxa básica (Selic), que já subiu cinco vezes desde abril, para 9,5% ao ano. O BC está elevando os juros para controlar a inflação.
No caso dos recursos direcionados, que incluem os financiamentos concedidos pelo BNDES, o crédito habitacional e o rural, os juros ficaram praticamente estáveis, em 7,3% a.a. Com isso, a taxa média de juros total praticada no país chegou a 19,5% em agosto, alta de 0,2 p. p. frente a agosto.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast