A tentativa de negociação entre o governo empresários e caminhoneiros na tarde de quarta-feira não foi suficiente para acabar com os protestos e interdições em rodo vias estaduais. Os bloqueios em estradas federais e estaduais seguem nesta quinta-feira (25) em pelo menos seis estados. No Paraná, são 59 trechos interditados nesta quinta, sendo 40 em estradas estaduais e outros 19 em trechos federais, segundo boletins divulgados no meio da tarde.
Veja quais rodovias têm bloqueios no estado
Rodovias estaduais
PR 323 Km 036 – Sertanópolis
PR 466 Km 100 – Jardim Alegre
PR 444 Km 08 – Arapongas
PR 170 Km 26 – Florestópolis
PR 445 Km 80 - Cambé
PR 160 Km 053 - Cornélio
PR 182 Km 320 – Toledo
PR 491 Km 001 – Marechal Cândido Rondon
PR 239 Km 539 – Nova Aurora
PR 317 Km 047 – Santa Fé
PR 218 Km 254 – Astorga
PR 558 Km 004 – Campo Mourão
PR 323 Km 163 – Paiçandu
PR 323 Km 303 – Umuarama
PR 317 Km 055 – Santa Fé
PR 458 Km 000 – Flórida
PR 180 Km 203 – Goioerê
PR 463 Km 002 – Nova Esperança
PR 180 Km 205 – Goioerê
PR 479 Km 86 - Moreira Sales
PR 323 Km 311 - Umuarama
PR 170 Km 381 – Guarapuava
PRC 487 Km 295 – Manoel Ribas
PRC 466 Km 179 – Pitanga
PRC 466 Km 245 – Guarapuava
PR 182 Km 481 – Ampére
PR 281 Km 467 – Chopinzinho
PR 182 Km 459 – Realeza
PRC 158 Km 528 – Vitorino
PR 566 Km 012 – Itapejara
PRC 280 Km 175 – Clevelândia
PR 281 Km 542 – Dois Vizinhos
PRC 280 Km 194 – Mariópolis
PRC 280 Km 255 – Marmeleiro
PR 471 Km 222 - Nova Prata do Iguaçu
PR 562 Km 085 - São João
PR 483 Km 001 – Francisco Beltrão
PR 281 Km 255 – Chopinzinho
PRC 280 Km 134 – Palmas
PRC 180 Km 465 – Francisco Beltrão
Rodovias federais
BR-158 Km 204 - Peabiru
BR-163 Km 32 - Santo Antônio Do Sudoeste
BR-163 Km 64 - Pérola D’oeste
BR-272 Km 364 - Campo Mourão
BR-277 Km 584 - Cascavel
BR-277 Km 455 - Laranjeiras do Sul
BR-369 Km 500 – Corbélia
BR-369 Km 397 - Mamborê
BR-373 Km 478 - Coronel Vivida
BR-376 Km 137 - Nova Esperança
BR-376 Km 245 - Apucarana
BR-376 Km 187 - Marialva
BR-376 Km 353 - Ortigueira
BR-376 Km 158 - Mandaguaçu
BR-376 Km 131 - Paranavaí
BR-467 Km 76 - Toledo
BR-476 Km 361 - União Da Vitória
BR-487 Km 197 - Campo Mourão
BR-487 Km 189 - Campo Mourão
Os protestos ocorrem apesar da determinação da Justiça que proibiu o bloqueio de estradas federais em cinco cidades do Paraná: Curitiba, Londrina, Guarapuava, Toledo e Foz do Iguaçu. Em Londrina, os bloqueios em trechos federais foram encerrados na noite de quarta-feira (25). A cidade vinha sofrendo com a falta de combustível e escassez de alimentos em supermercados.
Estaduais
Na quarta-feira (25), pelo menos 14 trechos de estradas estaduais da Região Sudoeste haviam sido liberados, amenizando o problema de desabastecimento de combustíveis e suprimentos em cidades da região com Pato Branco, Dois Vizinhos e Francisco Beltrão, bastante afetadas pela paralisação dos caminhoneiros. Na manhã desta quinta-feira, esses trechos voltaram a ser fechados pelos manifestantes.
Em duas rodovias da região, a PRC 280, no km 175, e a PR 281, no km 542, os bloqueios são para todos os veículos. Na maior parte dos outros trechos, os manifestantes permitem a passagem de carros, ônibus e ambulâncias.
Segundo a Associação Paranaense de Supermercados (Apras), as regiões que sofriam mais risco de desabastecimento eram as de Pato Branco, Francisco Beltrão, Maringá, Londrina, Cascavel, Toledo e Irati. O estoque previsto de produtos perecíveis disponíveis nessas regiões é o suficiente para mais cinco dias, informou a Apras.
Divisão
Em todo o país, há, nesta quinta-feira (26), 93 bloqueios ativos em rodovias federais nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia e Ceará. Os representantes dos caminhoneiros saíram divididos da reunião de quarta-feira com o governo. Alguns deles devem pedir o desbloqueio das rodovias, mas essa posição não é unanimidade.
O governo prometeu sanção sem vetos da lei que reduz custos dos setor e carência de 12 meses para o pagamento de financiamentos de caminhões. Também será criada uma tabela referencial de frete por meio de negociação entre empresários e caminhoneiros, que pediram a mediação do governo para isso. Além disso, a Petrobras garantiu seis meses sem aumento do diesel.
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) disse que considera que houve avanços históricos em pontos das reivindicações e que está levando a proposta via rádio aos caminhoneiros para que eles decidam se desbloquearão as estradas ou não.
A orientação é que os caminhoneiros acabem com os bloqueios para avançar nas negociações com o governo antes da próxima rodada de negociação, que ocorrerá em 10 de março, para discutir os pontos que não foram atendidos. Apesar de ter avaliado positivamente a proposta do governo, a CNTA não garantiu que os bloqueios vão acabar, uma vez que o movimento foi iniciado de forma autônoma e espontânea pelos caminhoneiros.
Sem acordo
Já Ivar Luiz Schmidt, líder do movimento Comando Nacional do Transporte, disse que não aceitava os termos do acordo. Schmidt disse que seu movimento “não aceitou nenhum dos termos que o governo propôs”. “Nós continuamos o movimento”, disse ele, afirmando ter o comando de pelo menos 100 pontos de bloqueio em rodovias federais e estaduais. Ele disse que aguarda um novo contato com o governo para tentar retomar as conversas. Schmidt não participou na quarta-feira da reunião entre governo, empresários e representantes dos caminhoneiros.
O governo, por seu lado, disse que as propostas serão efetivadas somente com o fim dos bloqueios. “Só vai ser cumprido o que nós combinamos na hora que forem liberadas as estradas, disse o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues.
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