A greve dos Correios acabou nesta segunda - feira (28) em todo o País, com a volta ao trabalho dos sindicatos do Rio Grande do Sul, Belo Horizonte (MG) e Espírito Santo. O reajuste da categoria, no entanto, será decidido em julgamento pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), porque a proposta da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) não teve a aprovação da maioria dos sindicatos.

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Grande parte dos grevistas já havia encerrado na semana passada a paralisação, que começou no dia 16 de setembro. O sindicato da cidade de São Paulo, por exemplo, votou pelo fim da greve na última quinta-feira. Nesta segunda, segundo a ECT, apenas os sindicatos do Rio Grande do Sul, Belo Horizonte e Espírito Santo ainda resistiam, mas acabaram decidindo encerrar a greve, mesmo rejeitando a proposta dos Correios.

A ECT ofereceu reajuste salarial de 9%, válido por dois anos, que já começou a ser pago na sexta-feira (25) passada. Também faz parte da proposta pagamento de adicional de R$ 100, a partir de janeiro de 2010, e reajuste do valor do vale-refeição. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Correios (Fentect) quer reposição salarial de 41%, mais pagamento imediato de adicional de R$ 300.

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Segundo a ECT, serão necessários de 7 a 10 dias para resolver os atrasos na entrega das correspondências encomendas. Por causa da greve, de acordo com balanço de desta segunda da empresa, 42,3 milhões de correspondências e 182,2 mil encomendas estavam retidas nos centros de distribuição dos Correios.

Para que a proposta da ECT fosse aprovada seriam necessários 18 sindicatos favoráveis, mas a estatal só conseguiu o apoio de 16 sindicatos. Por isso, o dissídio da categoria deverá ser julgado pelo TST. O relator do processo no Tribunal é o ministro Marco Eurico Vital Amaro, a quem caberá definir a data do julgamento. O TST tentou promover um acordo entre trabalhadores e empresa, mas a audiência de conciliação entre as partes, ocorrida no dia 24 deste mês, não teve sucesso.