A greve dos funcionários dos Correios completou 20 dias nesta segunda-feira (3) e a paralisação segue por tempo indeterminado. Uma reunião de conciliação entre a categoria e a empresa foi marcada no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, na terça-feira (4), às 13 horas. A greve dos funcionários dos Correios teve início em 14 de setembro.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), a orientação da Federação Nacional de Trabalhadores de Empresas de Correios e Similares (Fentect) é para que a proposta seja rejeitada nas assembleias que serão realizadas nos estados. A assembleia em Curitiba ocorrerá na terça-feira, às 16 horas.
O secretário geral do Sintcom-PR, Luiz Antônio Ribeiro de Souza, afirmou que os trabalhadores não aceitam ter os dias parados descontados. "Conseguimos um mandado de segurança no TST para impedir o desconto salarial dos dias de greve e não vamos aceitar nenhuma proposta que não contemple o abono desses dias", afirmou Souza. A assessoria de imprensa dos Correios, em Brasília, não confirmou o fato. A informação da empresa é de que o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região concedeu liminar para que os desconto não seja feito nos casos dos trabalhadores de Brasília e Tocantins.
Souza afirmou os trabalhadores reivindicam também reajuste salarial de 7,16%, um abono de R$ 200 para todos os funcionários, cesta básica de R$ 200 e vale-alimentação de R$ 28. "Os sindicatos foram orientados a rejeitar a proposta da empresa porque está longe do pedido dos trabalhadores", afirmou.
A proposta dos Correios foi de aumento linear de R$ 80 para todos os empregados, reajuste salarial de 6,87% para ser pago em janeiro e abono de R$ 500.
O Sintcom-PR afirma que 70% dos funcionários estão em greve e os Correios afirmam que são cerca de 20%.
Correspondências
Segundo o Sintcom-PR, 1,8 milhão de correspondências deixaram de ser entregues em Curitiba nos 20 dias de greve. O número em todo o Paraná chega a 3,5 milhões. O sindicato informou que se trata de uma estimativa feita com base na greve de 2009. A assessoria de imprensa dos Correios não confirmou esse número.
As entregas das correspondências e outros objetos estão sendo feitas, mas existem atrasos, segundo os Correios. As postagens pelo Sedex ainda são aceitas nas agências, mas os clientes são informados de que podem ocorrer atrasos na entrega.
Outros serviços como o Sedex 10, Sedex Hoje, e-Sedex prioritário e Disque-Coleta estão suspensos por tempo indeterminado por causa da paralisação.
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