Os funcionários da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) decidiram suspender temporariamente a greve que foi iniciada nesta segunda-feira (21). Em assembleia realizada no fim desta tarde, os trabalhadores decidiram retomar o trabalho e deram um prazo até o dia 30 de junho para que a empresa apresente uma nova proposta de reajuste salarial. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento (Saemac), a paralisação teve adesão de 70% dos funcionários, cerca de 2,2 mil pessoas em todo o estado.
De acordo com o Saemac, a Sanepar ofereceu um acordo de reajuste que previa reposição integral da inflação com base no índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e mais 2% de aumento real. A principal reivindicação da categoria é aumento real de R$ 408 para todos os colaboradores. Os trabalhadores querem ainda adicional de penosidade, que seria uma gratificação paga aos colaboradores da central de atendimento 115, leituristas, e das estações de tratamento e esgoto. A data-base da categoria é março, e as negociações seguem desde então.
Paralisação
Na manhã desta segunda-feira (21), funcionários do setor administrativo, leituristas, das estações de tratamento e esgoto aderiram ao movimento e paralisaram as atividades, de acordo com o Saemac. Em paralisações prolongadas, apenas 30% dos funcionários do setor das estações de tratamento e esgoto devem seguir com as atividades normais, pois é considerado um serviço essencial, de acordo com o Saemac e com o Sindicato dos Químicos no estado do Paraná (Siquim). "A população não será afetada pela greve, pois um número mínimo de funcionários fará o tratamento da água, a coleta de esgoto e o abastecimento", segundo o presidente do Siquim, Elton Evandro Marafigo.
Dos 3 mil colaboradores das 188 cidades que o Saemac representa aproximadamente 1,5 mil entraram em greve em todo estado, segundo Marafigo. Em Curitiba são 1,5 mil funcionários, desses 800 aderiram ao movimento, de acordo com o Saemac.
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