A greve dos trabalhadores de bares, hotéis e restaurantes de Curitiba começou com tumulto nesta sexta-feira (29). Representantes sindicais e funcionários fazem piquetes em frente a hotéis da capital e tentam convencer trabalhadores do setor a aderirem ao movimento. Eles se dividem em diversos grupos, em frente a hotéis da região central e fazem barulho com buzinas. A circulação de hóspedes nos estabelecimentos não está prejudicada.
A maior parte dos piquetes se reúne no entorno do Hotel Bourbon, na esquina da Rua Cândido Lopes com a Alameda Doutor Muricy, onde cerca de 30 pessoas participam da manifestação. Há ainda protestantes no Hotel Del Rei, no Slaviero Slim (na Boca Maldita), no Slaviero da Rua Senador Alencar Guimarães e Hotel Lancaster do Centro.
"A greve não é boa para ninguém, mas temos que tomar providências para resolver essa questão", diz o coordenador da Federação dos Empregados em Turismo e Hospitalidade do Estado do Paraná (Fethepar), Wilson Pereira.
Pereira diz que por volta das 6h30 da manhã houve um tumulto no Hotel Bourbon. Um dirigente da federação teria sido atingido por um copo, que quebrou e causou um corte na cabeça do homem atingido. A vítima não chegou a ser encaminhada ao hospital, mas ele disse que a Fethepar vai registrar uma queixa na delegacia para que haja uma apuração sobre o assunto.
A Polícia Militar não teve registro de chamados para atender ocorrências relacionados à greve, conforme informações da Sala de Imprensa.
Outro lado
O presidente do sindicato empresarial de Hospedagem e Alimentação (Seha), Marco Antonio Fatuch, disse que soube de uma confusão no início da manhã porque os sindicalistas não queriam deixar os empregados do hotel assumirem seus postos. Mas sobre a agressão, Fatuch disse que não tinha sido comunicado.
Reivindicações
A categoria pede piso de R$ 930 (o atual é R$ 798); reajuste pelo INPC mais 4% aos que ganham acima do piso; anuênio de 2%; cesta básica de R$ 200; seguro de vida de R$ 45 mil; vale transporte gratuito; vale refeição de R$ 20 e adicional de assiduidade de 20%.
Sobre as reivindicações salariais dos trabalhadores, Fatuch diz que é economicamente inviável e ele classifica a mobilização como política e não reivindicatória. "Não tem como negociar com eles, não é viável economicamente. Para que os estabelecimentos possam melhorar a proposta eles precisam baixar a bola, não tem como negociar."
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