Os 36 servidores da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev), que haviam iniciado greve na segunda-feira (26), em Curitiba, decidiram retornar ao trabalho nesta terça-feira (27). Eles vão aguardar em atividade uma nova proposta de reajuste do governo.
O retorno ao trabalho no órgão responsável pelo processamento de dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi votado em assembleia realizada nesta manhã, depois que os trabalhadores do Rio de Janeiro, estado que concentra o maior contingente da categoria, tomaram a mesma decisão.
Para Daniel Ferreira Martins, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Informática e Tecnologia da Informação do Paraná (Sindipd-PR), manter paralisação em Curitiba não faz sentido se os servidores do Rio de Janeiro não fizerem o mesmo. "Lá, o Dataprev concentra mais de mil funcionários e é a base que consegue fazer pressão no governo", diz. Na capital paranaense, 60 pessoas trabalham no órgão.
Os trabalhadores decidiram aguardar o resultado de uma audiência de conciliação que foi agendada no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, entre representantes do governo e da Federação Nacional dos Empregados em Empresas e Órgãos Públicos e Privados de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares (Fenadados). "Ainda não está descartada a possibilidade de iniciar uma nova paralisação caso não haja acordo", diz Martins. A reunião está marcada para as 10 horas desta quarta-feira (28).
Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 8,5% e abono salarial de R$ 3 mil. O governo federal oferece aumento de 5,3% e abono salarial de mil reais. Outra questão que motivou a paralisação foi o fato de o governo querer fechar acordo salarial para o período de dois anos. A proposta não foi aceita pelos trabalhadores que reivindicam que o acordo coletivo seja discutido anualmente.
A categoria é responsável pela manutenção nos sistemas de informática do INSS e, por isso, a greve poderia refletir em problemas no atendimento da Previdência, como impedimento em saques de benefícios. Como a paralisação durou apenas um dia, não chegaram a ser registrados problemas, segundo o Sindipd-PR. Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do INSS em Curitiba confirmou que não houve reflexos da paralisação no atendimento do órgão.
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